Lula é denunciado pela quarta vez na Operação Lava Jato

Notícias - 23/05/2017

Brasília (DF) – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva parece empenhado em estabelecer para si um recorde de denúncias na Lava Jato. O petista foi acusado novamente pela força-tarefa da operação nesta segunda-feira (22), desta vez por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do sítio em Atibaia (SP). Esta já é a quarta denúncia contra Lula no âmbito da Lava Jato, e a sexta a que o petista responde na Justiça.

As informações são de reportagem do jornal Folha de S. Paulo. De acordo com a publicação, outras 12 pessoas foram denunciadas, entre elas os empresários Emílio e Marcelo Odebrecht; o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro; o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula; e um dos proprietários do sítio no papel, Fernando Bittar. Cabe agora ao juiz federal Sergio Moro aceitar ou não a denúncia, transformando os acusados em réus.

Os procuradores da Lava Jato acreditam que Lula teria se beneficiado de R$ 1,02 milhão em benfeitorias feitas no sítio, frequentado pelo petista e seus familiares. As reformas teriam sido pagas pelas empreiteiras Odebrecht e OAS. Segundo a própria Folha de S. Paulo revelou, em janeiro de 2016, a Odebrecht foi a responsável pela condução da maior parte das obras, tendo desembolsado R$ 500 mil apenas em materiais de construção.

Para a força-tarefa, a propriedade de Atibaia, em nome dos empresários Fernando Bittar e Jonas Suassuna, pertencia na realidade a Lula, e teria sido comprada em seu benefício.

“Foram colhidas variadas provas de que Lula (1) gerenciava o dia a dia do Sítio de Atibaia, sendo reportado de todas as questões atinentes a propriedade, (2) compareceu no local centenas de vezes, em conjunto com sua segurança institucional, exercendo a posse e propriedade do local, (3) mantinha no sítio de Atibaia uma variedade de itens de uso próprio e pessoal, inclusive ocupando a suíte principal da sede, (4) ao passo que, Fernando Bittar e Jonas Leite Suassuna raramente compareciam ao local e, de fato, não exerciam sequer a posse do imóvel”, destaca trecho da denúncia.

O dinheiro usado nas reformas, de acordo com o Ministério Público, seria proveniente de contratos das empreiteiras com a Petrobras, repassado como vantagem ilícita ao ex-presidente.

Leia AQUI a reportagem do jornal Folha de S. Paulo.

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23/05/2017