Lula orientou reformas de R$ 1,2 milhão em sítio de Atibaia, diz laudo da PF
As obras tiveram início em novembro de 2010, quando Lula ainda ocupava a Presidência
Brasília (DF) – Um laudo produzido pela Polícia Federal (PF) apontou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a sua mulher, Marisa Letícia, orientaram reformas feitas no sítio em Atibaia (SP), frequentado pela família do petista. As obras teriam começado a ser projetadas em setembro de 2010 e tiveram início em novembro do mesmo ano, quando Lula ainda ocupava a Presidência.
Os trabalhos na propriedade prosseguiram até outubro de 2014 e custaram no total R$ 1,2 milhão. Lula nega que seja proprietário do sítio, suspeito de ter sido reformado pela empreiteira Odebrecht, investigada na Operação Lava Jato.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo desta quinta-feira (28), ao analisar a instalação de equipamentos de cozinha no sítio, a avaliação da perícia da PF diz que a “execução foi coordenada pelo arquiteto da empreiteira OAS, Sr. Paulo Gordilho, com conhecimento do presidente da OAS, Léo Pinheiro, e com orientação do ex-presidente Lula e sua esposa, conforme identificado nas comunicações do arquiteto da empreiteira e de Fernando Bittar”.
O laudo aponta que, em mensagens trocadas com Léo Pinheiro, Gordilho se refere à propriedade como “fazenda do Lula” e diz que o assunto deve ser tratado com “sigilo absoluto”. Foram apreendidas ainda fotografias de dezembro de 2014 na casa do arquiteto, contendo registro da presença de Gordilho no sítio, com imagens do ex-presidente no local.
Segundo a reportagem, as mensagens interceptadas indicam que as despesas de compra e instalação da cozinha na propriedade e em um triplex em Guarujá foram lançadas em um centro de custos da OAS denominado “Zeca Pagodinho”.
A Folha já havia noticiado em março que Bittar, um dos donos do sítio, afirmou em depoimento à força-tarefa da Operação Lava Jato que Marisa coordenou parte das obras feitas na propriedade rural.
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