Macris: menor déficit brasileiro com o exterior aumenta credibilidade do país
Com maiores níveis de exportação e uma dinâmica mais equilibrada de importação, o Brasil caminha para o menor déficit com o exterior em dez anos. As previsões chegam à casa dos US$ 20 bilhões, algo em torno de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Apesar de ainda não registrar superávit, o resultado é comemorado por economistas, visto que o déficit em conta-corrente nos últimos anos era preocupante. Dados do Banco Central mostram que, em 2014, esse débito chegou ao pico de US$ 104 bilhões.
Deputado federal pelo PSDB de São Paulo, Vanderlei Macris associa esse movimento a um maior nível de credibilidade conquistado pelo país, fruto das mudanças econômicas observadas nos últimos meses.
“Sem dúvida, isso tudo é resultado de um esforço de superação praticado por esse governo de transição que é mudar o ritmo que vinha sendo perseguido pelo governo anterior, de irresponsabilidade fiscal. Já começa a dar um nível maior de credibilidade por parte de investidores, compradores e financiadores internacionais.”
Aliada à conta-corrente, a balança comercial brasileira pode terminar 2017 com superávit de mais de US$ 60 bilhões, o que seria o melhor resultado da série histórica do governo, iniciada em 1989. Outro indicador importante, os investimentos direitos e financeiros estrangeiros na economia devem fechar o ano entre US$ 70 bilhões e US$ 85 bilhões, mantendo uma trajetória positiva.
Para Macris, tal resultado é possível de ser alcançado se o país levar adiante reformas importantes em tramitação no Congresso, atraindo, dessa forma, a confiança de investidores na economia local.
“Tudo isso faz parte de um conjunto de medidas e ações que vão nessa direção. A própria balança comercial começa a se fortalecer, diminuindo as dificuldades que temos com a dívida externa. E isso é extremamente positivo para o país. Nós precisamos continuar dando demonstrações de que as reformas são importantes, de que nós a apoiamos, e que a gente possa entregar o país a um presidente eleito muito melhor do que nós recebemos.”
Instituições financeiras renomadas, como o Credit Suisse e a Mapfre Investimentos fazem previsões ainda mais otimistas, com um déficit que pode chegar a menos de 1% do PIB brasileiro.