Maduro quer 25 anos de prisão para seus oposicionistas

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, propôs, na entrega do seu próprio projeto de Constituição, uma pena de 25 anos de prisão para cidadãos que saírem às ruas com o objetivo de se manifestarem contra o seu governo. Maduro classifica os atos oposicionistas de ações para “expressar o ódio” no país vizinho. Para o venezuelano, essa vai ser a solução para a grave crise política e econômica que assola o país, cenário que já conta com mais de 120 mortos.
O deputado federal Nilson Leitão (PSDB-MT) sugere a saída de Maduro do poder como salvação para a Venezuela. “O Maduro tem que sair do governo, tem que ser deposto. Urgentemente tem que ter eleições. Ele está cometendo um crime atrás do outro, ele está punindo todo mundo que se levanta contra ele. Quem tem que ser preso tem que ser o próprio presidente Maduro, que vem prejudicando o seu país, acabando com a riqueza do país.”
A Assembleia Constituinte, que é composta somente por nomes ligados ao governo, foi instalada na semana passada. Maduro também afirmou querer se encontrar com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mesmo após o americano chamar o presidente da Venezuela de “ditador” e aprovar sanções contra ele. Para Nilson Leitão, cabe ao Brasil prestar solidariedade à população vizinha – que é a mais prejudicada com o caos.
“O Brasil já está atendendo a todos aqueles que estão se refugiando no Brasil. Roraima, hoje, tem recebido muita gente da Venezuela. O Brasil, na minha opinião, tem que ajudar o povo da Venezuela e não ajudar o governo da Venezuela, porque não existe governo, e sim ditadura.”
Há mais de três meses, a Venezuela enfrenta uma intensa onda de manifestações contra o regime de Maduro. Além da crise política, o país também vive um período de alto desemprego e até mesmo escassez de alimentos. Para sobreviver, milhares de venezuelanos também cruzam as fronteiras com os países vizinhos. Somente no estado de Roraima, existem mais de 30 mil refugiados.