‘Manga’ e ‘alface’ eram senhas usadas para dar propina a Pimentel, diz PGR

Imprensa - 12/11/2016

pimentelBrasília (DF) – A Procuradoria-Geral da República (PGR) afirmou que a Odebrecht pagou propina em dinheiro vivo a um emissário do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), em ao menos sete ocasiões. O agente a serviço do petista precisava dizer uma senha ao portador do dinheiro da empreiteira para receber os repasses. Entre os códigos secretos usados para destravar o suborno, estavam os nomes de alimentos como “manteiga”, “manga” e “alface”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo deste sábado (12).

Nesta semana, o governador foi denunciado pela segunda vez no âmbito da Operação Acrônimo por corrupção passiva. Além de Pimentel, o ex-presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, foi acusado de corrupção ativa.

Segundo a PGR, o empreiteiro, atualmente preso pela Operação Lava Jato, teria oferecido R$ 15 milhões para que o petista facilitasse empréstimos do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para obras na Argentina e em Moçambique.

Na época dos fatos, entre 2012 e 2014, Pimentel era ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, pasta à qual o banco é subordinado. Os detalhes do esquema foram revelados no acordo de colaboração premiada do empresário Benedito Rodrigues de Oliveira, o Bené, apontado como “operador do governo”.

Conforme a denúncia, que será analisada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), Bené acionou um de seus funcionários, Pedro Augusto de Medeiros, para recolher a propina da Odebrecht em hotéis de São Paulo. O dinheiro era estocado em Brasília e, conforme a acusação, custeou despesas da campanha de Pimentel a governador, em 2014.

Conforme as perícias feitas pela PF, além de “manteiga”, “manga” e “alface”, houve “algodão”, “escada” e “4-branco 5-pimenta”.

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12/11/2016