Manobras para salvar Eduardo Cunha não são suficientes para salvá-lo da cassação, diz tucano

“A população está acompanhando isso de perto, atenta e vigilante. Isso vai se sobrepor a qualquer tentativa de articulação”, diz Pedro Cunha Lima

Imprensa - 06/09/2016

CPI da Petrobras ouve depoimento do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo CunhaCom votação marcada para o dia 12 de setembro, próxima segunda-feira, o processo que vai decidir o futuro do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) poderá ser alvo de manobras de aliados do peemedebista, que tentarão abrandar a pena de anulação do mandato dele no processo. O grupo quer apresentar uma emenda para trocar a cassação pela suspensão temporária do mandato de Cunha, por 90 dias ou até seis meses. Mas para os defensores da saída definitiva de Eduardo Cunha, as estratégias não devem mudar a sorte do parlamentar.

O deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB-PB) acredita que a pressão e a vigilância popular impedirão que articulações tentem inviabilizar o andamento do processo.

“O mais importante e decisivo nisso tudo é que a população está acompanhando isso de perto, atenta e vigilante. Eu penso que isso vai se sobrepor a qualquer tentativa de articulação interna para inviabilizar a votação”, afirmou o tucano.

Parte dos aliados de Eduardo Cunha também analisa a tentativa de esvaziar o plenário, não comparecendo à sessão. Para o deputado afastado ser cassado, são necessários os votos da maioria simples da Casa, ou seja, 257 dentre os 513 deputados. Além de tentar reduzir o quórum, Cunha também recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar suspender o processo, sob a justificativa de que houve irregularidades na Comissão de Constituição e Justiça.

Apesar das táticas, Pedro Cunha Lima acredita que as suspeitas que pesam sobre o peemedebista tornam o quadro irreversível. “Acredito que a gravidade dos fatos irá prevalecer, sobretudo porque vejo essa vigilância da população, esse acompanhamento por parte do cidadão. E isso pesa.”

Eduardo Cunha é processado por quebra de decoro parlamentar ao ter omitido recursos na Suíça e supostamente ter mentido à CPI da Petrobras sobre o assunto.

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06/09/2016