Mantega, Vaccarezza e Zarattini são acusados de receber propina via prefeitura de São Paulo
Mais um escândalo de corrupção envolvendo o PT está sendo investigado na Operação Omertà, 35ª fase da Lava Jato. Desta vez, a Polícia Federal encontrou indícios de repasses ilícitos relacionados ao contrato firmado pela empreiteira Odebrecht com a prefeitura de São Paulo em 2011, governada pelo petista Fernando Haddad. A propina teria sido destinada ao ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, ao deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP) – atual vice-líder na Minoria na Câmara – e ao ex-deputado federal Cândido Vaccarezza, que se desfiliou do PT em agosto e foi líder dos governos dos ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff também na Câmara.
De acordo com matéria do jornal Valor Econômico desta sexta-feira (30), a descoberta aconteceu depois do aprofundamento de análises sobre codinomes usados pela empreiteira na lista de pagamentos de propinas em obras que a empresa participava em todo o país. Uma das anotações foi encontrada, inclusive, no celular do empresário Marcelo Odebrecht, apreendido pela Lava Jato.
Segundo o Valor, a menção aos três petistas está relacionada com a obra da BMX Empreendimento Imobiliário e Participações S.A, empresa responsável pela construção do Parque da Cidade, de empreendimentos residenciais e de obras de um shopping na capital paulista. “Cândido Elpidio Vaccarezza e Carlos Zarattini receberiam R$ 3 milhões relacionados ao ‘evento out’ e R$ 2 milhões relacionados a ‘evento 2014’, este último valor sobre orientação de Guido Mantega”, disse o delegado Filipe Pace no documento de análise policial, cujo o jornal teve acesso. Além disso, há indícios ainda de que Guido Mantega “definiria a destinação de R$ 1 milhão, relativo ao ‘evento out’, e de R$ 21 milhões, relacionado ao ‘evento 2014′”.
Clique aqui para ler a íntegra da matéria.