Mercado recebe redução do aporte do BNDES em obras de forma positiva
Os economistas internacionais estão otimistas com a retomada dos investimentos no Brasil após mudanças na condução da política econômica pelo presidente Michel Temer. Em reunião com integrantes do governo brasileiro em Nova York (EUA), o anúncio da redução da participação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em financiamentos de obras e projetos foi bem recebido e pode abrir novas parcerias entre os dois países. Outro ponto positivo considerado pelos investidores foi a retirada da taxa de retorno exigida durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff.
Para o deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), as medidas anunciadas pelo governo Temer vão facilitar novos investimentos estrangeiros no país, fazendo com que o BNDES siga regras internacionais. “O BNDES tem que agir como qualquer outro banco de desenvolvimento e investimento dos países desenvolvidos. Deve financiar o desenvolvimento industrial e econômico do nosso país com seriedade, avaliando os projetos estratégicos de interesse do país, mas também sem concentrar os investimentos”, disse o tucano ao lembrar que o banco de fomento no governo Dilma atuou de forma politizada.
De acordo com matéria do jornal Valor Econômico desta terça-feira (20), o aporte do BNDES será limitado em 50% no caso de rodovias e 40% para aeroportos. O secretário-executivo do Programa de Parcerias em Investimentos (PPI), Moreira Franco, e os ministros José Sarney Filho (Meio Ambiente), Maurício Quintella (Transportes) e Fernando Coelho Filho (Minas e Energia) também se comprometeram, segundo um investidor ouvido pelo jornal, com a aprovação das medidas de ajuste fiscal – o pode atrair ainda mais investimentos estrangeiros aos novos projetos em infraestrutura apresentados.
Segundo o Valor, Moreira Franco avaliou que os projetos de infraestrutura do governo Dilma padeceram de “miopia ideológica” e “não haverá mais pirotecnia nas concessões”, como fixar taxas de retorno a projetos incompatíveis com a realidade. “Nós queremos dar continuidade ao programa com transparência, previsibilidade e confiança.”
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