Mercado volta a reduzir estimativa de inflação para 2017

Especialistas do mercado financeiro apostam em uma nova queda do Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) – a inflação oficial do país – para 2017. Divulgada nesta segunda-feira na edição semanal do Boletim Focus, do Banco Central, a previsão é de que o índice encerre o ano em 3,48%, ante a estimativa anterior, de 3,64%. Em ambos os casos, o resultado segue abaixo da meta central fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CNM), que é de 4,5%. Tal cenário não é observado no Brasil desde 2009. O deputado federal Nilson Pinto (PSDB-PA) explica que, na prática, a expectativa dos analistas é de um custo de vida cada vez menor para os brasileiros, o que estimula o crescimento e a recuperação do país.
“A inflação, que é o maior de todos os males, pois atinge especialmente a população de baixa renda, está sendo reduzida para abaixo da meta. Isso é uma conquista histórica. A vida dos brasileiros melhora com isso. Existe mais estabilidade e previsibilidade quando os números da inflação são baixos”, declarou.
A onda de otimismo ganhou proporções maiores diante da projeção dos preços para junho, com a menor inflação para o mês em 11 anos. Essa queda sistemática já é atestada pelos brasileiros. De acordo com relatório elaborado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), consumidores entrevistados pela instituição acreditam que o custo de vida continuará melhorando nos próximos 12 meses. Para Nilson Pinto, isso consolida os bons resultados do índice, e prepara o caminho para que outras mudanças na economia.
“Não acredito que haja qualquer mudança na rota da baixa da inflação. Essa é, de fato, uma conquista assegurada. Evidentemente que outras questões de ordem econômica dependerão de outras medidas, mas a inflação está domada, sob controle”, apontou.
Ainda segundo a FGV, a inflação também mostrou sinais de trégua nas principais capitais do país. Na média de sete capitais pesquisadas, a inflação recuou 0,12% na semana terminada em 22 de junho.