Meta de Alckmin para a saúde é reativar 23 mil leitos no SUS

Saúde - 30/07/2018
Foto: PSDB na Câmara

A repasse defasado de recursos do governo federal para hospitais públicos e privados tem sido responsável, nos últimos anos, pelo fechamento de milhares de leitos do Sistema Único de Saúde (SUS), em todo o país. A crise no financiamento de recursos esbarra no aumento da demanda da população brasileira, que tem envelhecido e precisado de mais atendimento. Com valores insuficientes para o custeio de atendimentos e serviços, entidades públicas assumem débitos e não conseguem manter o atendimento se não suspender parte deles. E as privadas rompem seus contratos com o SUS.

Com sua experiência como médico e gestor público, o presidente nacional do PSDB e pré-candidato à Presidência da República, Geraldo Alckmin, tem como plano de governo a reativação dos cerca de 23 mil leitos hospitalares fechados ao longo dos últimos anos. Uma das medidas, segundo o próprio tucano, é cobrar a dívida das seguradoras inadimplentes com o governo. “Nós vamos cobrar dos ricos. Hoje tem já R$ 2 bilhões que as seguradoras não pagam”, disse. Recursos que se, retomados, podem ser aplicados em melhorias do atendimento.

A primeira medida a ser tomada, segundo Alckmin, é retomar o funcionamento dos leitos inoperantes nos hospitais. “A Santa Casa de Misericórdia, por exemplo, que tem 200 leitos, só funciona com 140 porque não tem dinheiro para custeio de todo o resto”, contou.

Secretário de Saúde de Goiás, Leonardo Vilela tem acompanhado de perto esse drama do esse repasse desatualizado de recursos do Ministério da Saúde aos hospitais. Valores mais condizentes com a realidade dos serviços prestados à população são fundamentais para reverter o quadro atual, acredita ele. O pagamento de diárias em leitos de UTI é um exemplo. Atualmente, esses pagamentos vão de R$ 400 a R$ 800. O custo real, no entanto, chega a pelo menos 50% a mais do maior valor recebido do SUS.

“Não é só a escassez de recursos, mas a boa gestão do que é recebido e aplicado é que fazem a diferença. Ajustar essa defasagem com repasses mais condizentes e bem geridos é um acerto do presidente Alckmin”, avalia Vilela, que também preside o Conselho Nacional de Secretários de Saúde.

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30/07/2018