Miguel Haddad diz que PT transforma Lava Jato em evento político por não ter argumentos contra operação
O deputado federal Miguel Haddad (PSDB-SP) fez duras críticas à tentativa do PT de transformar em um evento partidário o depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao juiz Sérgio Moro. Inicialmente marcado para o próximo dia 3, o interrogatório do petista foi transferido para 10 de maio, às 14h, em Curitiba. De acordo com matéria publicada pelo jornal O Globo nesta quarta-feira (26), Moro alterou a data a pedidos da Secretaria de Segurança Pública do Paraná e da Polícia Federal, que desejavam um prazo maior para organizar o esquema de segurança, por conta de possíveis manifestações.
Na visão de Haddad, o desejo petista de transformar a data em um evento político é mais uma demonstração de que não existem argumentos que eximam Lula das acusações feitas no âmbito da Operação Lava Jato. “A verdade é que o PT vem tentando o tempo todo, com seus dirigentes, desqualificar a Lava Jato e desvalorizar os seus opositores até por falta de argumentação. O PT não tem argumentos, não tem como se defender, então utiliza-se dessa arma”, argumentou.
“Eles tentam transformar um ato absolutamente judicial, que é o dia do depoimento de uma pessoa que está sob suspeita, com indícios absolutamente robustos de crime, num ato político, dando a impressão de que a Lava Jato, no caso principalmente do Lula, é uma ação política, e não uma ação de investigação judicial, com provas muito claras de crime de corrupção”, completou o tucano.
A reportagem do jornal O Globo destaca ainda que o adiamento do interrogatório é visto por petistas como uma tentativa de esvaziar as manifestações a favor de Lula. Para Miguel Haddad, os militantes do PT mais uma vez colocam o ex-presidente em uma posição de herói nacional que é vítima de uma conspiração.
“É uma tentativa de vitimizar o Lula e transformá-lo num herói. De colocá-lo como vítima de um processo por parte do Judiciário, do Ministério Público, da imprensa, parte da sociedade. Tudo isto por uma única razão: não há qualquer tipo de defesa ou qualquer argumento que possa contraditar todas essas provas, esses depoimentos que vão indicando claramente que o grande chefe de todo esse processo é o Lula”, alertou o deputado federal.
