Militantes do PT agridem tucanos em Congresso da UNE

Agressões físicas, provocações e violência de todos os tipos marcaram o 55º Congresso Nacional da União Nacional dos Estudantes (UNE), que teve início na última quarta-feira (14) e terminou ontem (18). Com o intuito de aprovar as diretrizes políticas da entidade estudantil e eleger uma nova diretoria, o evento contou com atos de desrespeito e falta de democracia por parte de militâncias petistas, que protagonizaram diversos tipos de agressões contra a delegação do PSDB.
Durante os cinco dias de congresso, militantes tucanos sofreram com ataques físicos e verbais, além de vaias, provocações e intimidações a todo momento. O secretário-geral da Juventude do PSDB, Vitor Otoni, explicou que a violência teve início no primeiro dia, quando até militantes femininas foram agredidas.
“Fomos cercados e agredidos pela militância do PT. Eles nos cercaram, agrediram nossas meninas. Uma delas ficou com o olho roxo, outra estava com a perna toda machucada. Uma terceira tomou varada nas costas. No segundo dia, sofremos ameaças dos segmentos mais radicais da esquerda. Já no último dia, fomos intimidados e tivemos objetos maiores, como cadeiras e mesas, jogados em nós”, afirmou.
Otoni explicou que as agressões foram constantes e ininterruptas de alas mais radicais do PT. Segundo ele, foi necessário que seguranças do evento escoltassem a militância do PSDB durante todo o Congresso.
“Fomos com a nossa delegação para podermos entrar na área de credenciamento e a militância do PT fechou a passagem, nos agrediram fisicamente, cuspiram na gente. Tivemos de ter saída exclusiva para garantir a segurança dos nossos militantes porque estávamos sendo agredidos a todo momento. Uma total desrespeito e falta de democracia da parte deles. Isso mostra quem de fato eles são”, lamentou.
Combate à violência
O presidente nacional da Juventude do PSDB, Henrique Vale, repudiou os atos e lamentou que a violência ainda seja uma prática comum nesses segmentos mais radicais.
“São pessoas que entendem que a violência é um instrumento legítimo para realização das suas políticas, das suas ideias e, por não concordarem conosco, por entenderem que não podemos participar de um espaço que eles acham que é deles, partiram para a agressão conosco em inúmeros momentos. Não é assim que se faz democracia”, lamentou.
Vale reforçou ainda a obrigação de combater a violência, principalmente contra a mulher. “É uma pena que assim seja e acho que temos de transformar e colocar os estudantes de verdade lá dentro para tirar essa corja de violentos”, completou.
O encontro, realizado no Campus da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), no Estádio Mineirinho e em outros espaços da capital mineira, reuniu cerca de 10 mil pessoas, dos 26 estados do Brasil, e do Distrito Federal, e de outros países da América Latina.