Minas Gerais enfrenta o maior surto de febre amarela já registrado
Já são 109 casos de febre amarela confirmados em Minas Gerais. A informação é do boletim epidemiológico divulgado nesta terça-feira pela Secretaria de Saúde do estado. Ainda de acordo com o levantamento, o total de mortes confirmadas pela doença chega a 40. Ao todo, o estado registrou 712 notificações de suspeitas de febre amarela, em 51 municípios. Além dos 109 confirmados, 19 casos foram descartados. Os demais seguem ainda em análise. Outras 70 mortes que podem ter sido causadas pela febre amarela também estão sendo investigadas. O deputado federal Caio Narcio (PSDB-MG) critica o despreparo do governo local, comandado por Fernando Pimentel, do PT, diante da grave situação do estado.
“Esses números refletem o resultado que faz dois anos que, de fato, não governa. É um estado grande, com muitas diferenças econômicas em certas regiões do estado, com o espaço territorial de país, e com um governo totalmente despreparado no ponto de vista administrativo, do combate às emergências, da prevenção de surtos como esse”, afirmou.
O município com a situação mais grave do estado de Minas é Ladainha, onde 10 mortes foram causadas pela febre amarela. A cidade tem, ao todo, 19 casos confirmados e 86 em análise. Caratinga, na região do Vale do Rio Doce, também preocupa as autoridades estaduais de saúde. Embora o município não tenha nenhuma morte por febre amarela, já são 13 casos da doença confirmados e outros 92 em análise. Caio Narcio afirma que faltou planejamento para combater o surto.
“Eu vejo como uma falta de planejamento. Falta de planejamento que o governo tem tido, é um surto que precisa ser controlado e combatido, mas o governo tem se posicionado com uma maneira super improvisada de poder fazer as coisas. O governo é despreparado, não se organiza, não funciona atendimento das suas necessidades básicas, e que não atua com a maneira enérgica que a situação exige”, disse.
São Paulo e Espírito Santo também têm mortes pela doença, com três e um caso, respectivamente. Este já é o maior surto de febre amarela no Brasil desde 1980, quando o Ministério da Saúde passou a disponibilizar dados da série histórica. Até então, o ano com o quadro mais grave havia sido 2000, com 85 casos confirmados e 40 mortes.