Minas já tem sete mortes confirmadas por febre amarela e população sofre com falta de vacinas
O caos instalado na área da saúde em Minas Gerais pelo governador petista Fernando Pimentel fez com que o estado registrasse as sete primeiras mortes por febre amarela neste ano. Como comparação, ao longo de 2016 foram apenas cinco mortes pela doença em todo o país. Os números foram confirmados pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira (18).
De acordo com matéria do Jornal Hoje, da TV Globo, há ainda 184 casos suspeitos no Leste do Estado. Na capital Belo Horizonte, 18 pessoas estão internadas no Hospital Eduardo de Menezes e cinco morreram com suspeita da doença. A falta de ações imediatas do governo Pimentel e a negligência na área da saúde foram criticadas, nesta terça (16), pelo deputado estadual João Leite (PSDB-MG).
“O governo foi totalmente irresponsável. Infelizmente, o governador de Minas não governa. O tempo todo ele está buscando se livrar das denúncias graves que pesam sobre ele, quer sejam os crimes eleitorais ou os crimes comuns cometidos por ele à frente do Ministério do Desenvolvimento”, criticou o tucano, relembrando a atuação de Pimentel no primeiro mandato de Dilma Rousseff. “Nós iniciamos isso [surto de febre amarela] praticamente sem secretário de saúde, que foi liberado pelo governador à Assembleia Legislativa para votar para que ele [Pimentel] não fosse processado pelo STJ”, ressaltou o parlamentar.
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, em meio às suspeitas, os mineiros sofrem ainda com a falta de vacinas contra a doença e enfrentam filas desde a madrugada para conseguir a imunização. A procura intensa fez com que a vacina faltasse em cidades consideradas em situação de emergência pelo Estado, como Governador Valadares. Já em Piedade de Caratinga, que fica na mesma na região do Vale do Rio Doce, os dois postos que aplicam a imunização têm número limitado de doses por dia, a depender da quantidade enviada pela Secretaria Estadual de Saúde.