Moraes anuncia medidas para reforçar segurança dos presídios do Amazonas

O ministro destacou também o repasse de R$ 45 milhões para investimento em unidades prisionais no Amazonas

Imprensa - 03/01/2017

alckmin secretario alexandre de moraesO ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, anunciou nesta segunda-feira (2) que os responsáveis pelo massacre no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, serão transferidos para presídios federais, assim que forem identificados. A declaração foi feita em entrevista coletiva após reunião com o governador do Amazonas, José Melo.

O massacre que deixou 56 mortos e resultou na fuga de 184 detentos de quatro unidades de detenção locais foi motivado por uma briga entre duas facções criminosas, dentro do presídio. O confronto entre os grupos rivais é antigo no estado e se agravou em 2016 devido à repercussão de outras rebeliões nos presídios do Rio de Janeiro.

Segundo reportagem do portal G1, após tumulto para o reconhecimento dos corpos, Moraes ofereceu auxílio na identificação dos corpos pelo Instituto Médico Legal (IML). “Além da identificação dos autores, nos colocamos à disposição para dar apoio ao IML para acelerar na identificação dos corpos”, disse o ministro.

Moraes destacou também o repasse de R$ 45 milhões para o Amazonas, para investimento em unidades prisionais, e para solucionar o problema da superlotação nos presídios. Para ele, a verba será suficiente para separar os presos de acordo com a gravidade e reincidência em crimes. “Isso é algo que a Constituição diz desde 1988, mas infelizmente não ocorre. Essa primeira liberação vai permitir que comecemos isso”, afirmou.

Na coletiva, a construção de três novos presídios no estado foi anunciada pelo governador José Melo. Segundo ele, os terrenos já estão disponíveis e os projetos prontos. “Um presídio será construído em Parintins e outro em Manacapuru. Uma penitenciária agrícola vai começar [a ser construída] neste mês”, explicou.

O governador afirmou ainda que a Polícia Militar vai passar a fazer a segurança permanentemente dentro das penitenciárias e que a “força-tarefa” busca acelerar a identificação dos responsáveis pelas rebeliões.

Além das 56 mortes registradas no Compaj, mais quatro foram confirmadas na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP), na Zona Rural de Manaus. O massacre já é considerado o maior da história do sistema prisional do Amazonas. Segundo um levantamento feito pelo governo do estado, dos 184 presos que fugiram, 40 já foram capturados.

Clique aqui para ler a íntegra da matéria no G1.

 

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03/01/2017