MPF denuncia oito por fraudes no Postalis

Imprensa - 06/07/2016

correios_3Brasília (DF) – O Ministério Público Federal (MPF) denunciou oito pessoas envolvidas em fraudes no fundo de pensão dos Correios, o Postalis. O prejuízo total da fraude, entre 2006 e 2011, foi de US$ 143 milhões, hoje equivalente a R$ 465 milhões, segundo informou o Jornal Nacional, da TV Globo. A maior parte desses recursos teria sido desviada na forma de comissão aos acusados.

De acordo com o portal G1, a denúncia apresentada nesta terça-feira (5) pela Procuradoria apontou que o rombo do Postalis foi, em parte, por fraudes. Para tapar esse prejuízo, um desconto será aplicado sobre salários e aposentadorias por 23 anos. Além disso, essa dívida deve ser paga até 2039 e ainda pode ficar de herança.

A reportagem diz que cerca de 84 mil aposentados e funcionários estão pagando a conta. Para funcionários, o total de desconto varia de 1,48% a 6,08%. Para os aposentados, quase 17,92% – e também vale para pensões de viúvas e viúvos.

São acusados dos crimes de organização criminosa, gestão fraudulenta e apropriação ilegal de recursos financeiros o ex-presidente do Postalis Alexaj Predtechensky, e o executivo da empresa de investimentos Atlântica, Fabrizio Dulcetti Neves, tido como mentor do esquema de desvios.

Segundo o MPF, o Postalis fez um investimento no exterior para conseguir rendimento melhor e, no futuro, pagar as aposentadorias. Mas o dinheiro foi desviado para títulos superfaturados, entre eles da Venezuela e da Argentina, que representam quase metade do rombo. “Esse foi um dos investimentos que deu o maior prejuízo”, disse a procuradora Karen Kahn.

O Postalis declarou que adotou diversas medidas para melhorar os resultados dos investimentos e recuperar as perdas financeiras e que tem interesse no esclarecimento do caso.

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06/07/2016