Mudança na política de indicação do BNDES é “positiva” e dará mais transparência, diz deputado

A nova política tem como base o conceito de conselheiro independente da Lei das Estatais

Imprensa - 16/08/2016

BNDESBrasília (DF) – Sob o comando de uma nova gestão desde junho, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) decidiu mudar sua política de indicações para o conselho de administração de empresas nas quais tem participação por meio do BNDESPar, um braço de participações acionárias. O objetivo é que conselheiros independentes passem a ser os representantes nas instituições. As informações são do jornal Folha de S. Paulo desta terça-feira (16).

De acordo com a diretora do banco Eliane Aleixo Lustosa, a política de indicações já foi definida e está começando a ser implementada, tendo como base o conceito de conselheiro independente da Lei das Estatais, que proíbe qualquer relação com empresas públicas, seja como contratado ou como fornecedor.

Segundo a reportagem, um primeiro passo foi dado neste sentido com a indicação de Marcos Duarte e Ricardo Reisen para duas vagas como membros independentes no conselho de administração da Oi. Os dois foram aprovados por unanimidade na última sexta (12). “Já definimos nossa política de indicações. Falta acertar detalhes, como tempo de permanência [dos conselheiros]”, disse Eliane.

Para o deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), a mudança na política de indicações do BNDES é “muito positiva” e vem no sentido de dar mais transparência à instituição. “Vejo com muita simpatia e muito interesse essa proposta. Quando fiz a lei da Sociedade Anônima, nós criamos a governança corporativa no novo mercado. Esse novo mercado, que foi criado a partir dessa lei, resultou num dos maiores avanços do mercado de capitais no Brasil, com ampla transparência e mais direitos para os minoritários. É evidente que, com esse consultor externo contratado, haverá ainda mais transparência”, afirmou.

De acordo com a diretora, os novos conselheiros têm de olhar o interesse da empresa e questões que beneficiem do banco. Segundo o jornal O Globo, o BNDES também quer utilizar diretrizes da International Finance Corporation (IFC), ligada ao Banco Mundial, como a que recomenda a indicação de conselheiros que, além de compromisso com a estratégia da companhia, tenham alinhamento com a filosofia do BNDES. Eliane citou, por exemplo, a temática da sustentabilidade.

A diretora também afirmou que o BNDES está revendo sua política de investimento nas chamadas debêntures de infraestrutura, que são títulos de dívida com isenção tributária emitidos para bancar grandes projetos de infraestrutura.

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16/08/2016