Na contramão dos países emergentes, oportunidades perdidas fazem Brasil recuar na educação e na economia

Imprensa - 12/09/2016

unnamedBrasília (DF) – Durante os 13 anos e quatro meses de gestão petista, o Brasil ficou caracterizado pelo retrocesso. Uma série de oportunidades perdidas pelo governo federal, em importantes setores como economia e educação, fizeram o país andar na contramão das nações emergentes. Na questão da renda, por exemplo, o desempenho brasileiro foi tímido. De acordo com o Banco Mundial, o rendimento per capita do país mais que dobrou de 1970 até 2015, passando de US$ 4.660 para US$ 11.200.

As informações são de reportagem publicada neste domingo (11) pelo jornal Folha de S. Paulo. O problema é que, no mesmo período, a renda per capita da Coreia do Sul avançou 12 vezes, indo de US$ 1.960, em 1970, para US$ 25 mil em 2015. A diferença entre os dois países é que a Coreia do Sul aproveitou a expansão de sua força de trabalho para aumentar seu potencial de crescimento. O Brasil não.

A educação é outro sério problema do país. Apesar de ter conseguido ampliar o acesso de crianças e adolescentes às escolas, o Brasil tem falhado em melhorar a qualidade de sua educação. Segundo um estudo feito pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), publicado em fevereiro deste ano, o Brasil é o segundo país com o pior nível de aprendizado, atrás apenas da Indonésia, em uma lista de 64 nações.

A situação do Ensino Médio é desesperadora. Dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) mostram que o nível de aprendizado dos estudantes brasileiros em matemática regrediu nos últimos anos, chegando, em 2015, ao pior resultado desde o início da série histórica, em 2005.

Para a deputada federal Geovânia de Sá (PSDB-SC), o governo petista falhou ao não definir a educação como uma das prioridades de sua gestão.

“A educação é a base de tudo, é onde se transforma uma sociedade, onde se muda uma cultura, onde se quebram paradigmas. O que a gente percebe, o que está nítido, é que os governantes não deram prioridade à política pública mais importante. Todos os problemas que nós temos – as consequências na saúde, na economia, na vulnerabilidade social – é tudo em decorrência e tudo consequência da falta de educação, da capacitação, da qualificação das pessoas, das famílias e, principalmente, de uma atenção à primeira infância, que é onde você realmente consegue preparar o ser humano, onde você forma o caráter, a cultura”, afirmou.

A parlamentar avaliou que a falta de políticas para a educação culminou no despreparo dos brasileiros para o mercado de trabalho, o que teve grande impacto na economia. “Há uma demanda, há uma necessidade em ter uma mão de obra qualificada, mas não tem programas que envolvem a iniciativa privada e pública para a preparação destas pessoas”, disse.

Previdência

O Brasil também deixou a desejar, de acordo com especialistas, em reformas como a adoção de uma idade mínima para a aposentadoria, o que ajudaria a financiar o sistema previdenciário. Caso o país não resolva essas questões, o seu potencial de crescimento tende a cair, especialmente com o avanço de nações emergentes como Coreia do Sul, China e Chile.

“Faltou atenção ao idoso. O país já vem, há muito tempo, não tendo essa atenção. A população está envelhecendo e, ao mesmo tempo, o Brasil não tem políticas adequadas no setor previdenciário”, acrescentou Geovânia de Sá.

“Essa falta de definição de prioridades não tem justificativa, já que o governo tem tido atenção a outras questões, principalmente a toda essa corrupção que a gente vê, contemplando todas as operações, não só da Polícia Federal, mas as CPIs instaladas. Os problemas que o Brasil enfrenta hoje são todos decorrentes da pura falta de investimento, de definição de prioridades e de planejamento do governo”, completou a tucana.

Leia AQUI a íntegra da reportagem do jornal Folha de S. Paulo.

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12/09/2016