Nada como um dia atrás do outro: Kalil agora afaga “cacique” Pimentel, a quem mandou “pro inferno”
Durante toda a campanha eleitoral, o então candidato a prefeito de BH pelo PHS, Alexandre Kalil, repetiu à exaustão que dispensava o apoio dos “caciques políticos”, tanto na eleição quanto em um eventual governo. “Não preciso deles”, afirmou por várias vezes, sempre em tom de bravata.
Em 3 de outubro de 2016, por exemplo, em entrevista ao jornal Estado de Minas, o então candidato Kalil afirmou o seguinte: “Só converso com o povo. Não quero cacique nenhum perto de mim, no primeiro, segundo, terceiro ou quarto turno”.
Na última segunda-feira (7), agora já como prefeito eleito de BH, o mesmo Kalil mudou radicalmente o rumo da prosa. Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, ele afirmou textualmente o seguinte: “Pimentel é cacique. Preciso dele”, anunciando que vai buscar o apoio do governador petista Fernando Pimentel para governar.
Encontros secretos no Palácio da Liberdade
O cacique de quem o agora prefeito eleito Kalil diz estar precisando é o mesmo que o então candidato Kalil mandou “para o inferno” durante um debate eleitoral. Isto, apesar de todos saberem que o petista o estava apoiando, ainda que de forma envergonhada, com direito a encontros clandestinos no Palácio da Liberdade, conforme bem informou o jornalista Orion Teixeira, em sua coluna no jornal Hoje em Dia.
Resumo da ópera: a máscara está caindo e fica cada vez mais claro que o discurso do “antipolítico”, que Alexandre Kalil fez durante a campanha, era mero jogo de cena e um truque de marketing. A anunciada aliança com o “cacique” Fernando Pimentel, que está afundado até o pescoço em denúncias de corrupção e faz uma péssima gestão no Estado, baseada no toma-lá-dá-cá, não deixa margem a dúvidas.
*Do PSDB-MG