“Não vamos fazer aliança de qualquer jeito”, avisa Alckmin
Após reunião da Executiva Nacional em Brasília, o presidente nacional do PSDB, Geraldo Alckmin, conversou com jornalistas. Pré-candidato à Presidência da República, o tucano falou sobre alianças nacional e regionais, da importância de reduzir de gastos de campanha e do Programa Participativo, que será lançado nesta quinta-feira.
Confira os principais trechos da entrevista:
Fundo eleitoral para mulheres
“O PSDB é o primeiro partido a deliberar sobre a decisão do TSE separando 30% do fundo eleitoral para a campanha para as mulheres. Importantíssima a participação das mulheres, elas elevam a política, melhoram a sociedade, nos fazem avançar ainda mais no sentido de construir uma sociedade mais justa, mais solidária, participativa, que é o bom caminho. Não pretendemos alterá-la. Já tomamos a decisão e vamos mantê-la.”
Alianças
“Nós temos um bloco de cinco partidos que têm candidatura própria. O DEM tem o Rodrigo Maia, o PRB o Flávio Rocha, o Solidariedade o Aldo Rebello, e nós respeitamos. Se nós pudermos estar juntos, termos afinidades programáticas, nós não vamos fazer aliança de qualquer jeito. Queremos fazer alianças baseadas em propostas, em programas para a governabilidade. Quem assumir o governo em 2018 em janeiro do ano que vem não terá uma situação simples. É o sexto ano de déficit primário, não é nominal. Fora a regra de ouro que precisa ser cumprida, o Congresso ainda muito fragmentado. Dificilmente um partido terá 60 deputados. Não é uma tarefa fácil.”
Programa participativo
“Começa nesta quinta-feira (28), pela internet, em que se poderá tirar dúvidas, participar, trazer sugestões e tem um programa para o Brasil voltar a crescer. Esse é o caminho: crescimento econômico: emprego, emprego, emprego, renda, renda, renda. E isso vai vir com uma agenda que passa pela educação básica de qualidade, a meta de subir 50 pontos no PISA (Programa Internacional de Avaliação de Alunos), abertura comercial, redução do spread bancário com mais competitividade, reformas como a simplificação tributária, previdenciária, para ter modelo mais justo, como a gente fez em São Paulo, reforma política e reforma do estado. É um estado mais forte, mas não um estado que não sobra recursos nenhum para investir.”
DEM
“É um partido que já tem candidato. Nós respeitamos. Se amanhã não tiver candidato e nós pudermos estar juntos, nós estaremos. O que depender de nós, queremos estar juntos. Somos parceiros em São Paulo, e temos proximidade de pensamento, afinidade e visão de país.
Gastos de campanha
“Nós estamos fazendo o máximo possível de viagem em aviões de carreira e vamos fazer uma campanha modesta. E acho que não vai prejudicar. Eu propus, mas não fui acatado: nós precisamos reduzir os custos de campanha, mas precisamos ter na campanha proporcional voto distrital ou distrital misto. E na campanha majoritária, (gravação só com) tomada interna. Um microfone e uma cadeira. Porque o que é caro no programa de televisão é a tomada externa. Diminui a marquetagem, a campanha fica mais verdadeira, de propostas e ideias e menos filmes. Mas, infelizmente, não passou. Espero que na próxima reforma tirem isso.”