Negociações de reajustes no funcionalismo vão na linha de contenção de gastos, avalia Aloysio

Líder do governo no Senado considera que aumento salarial dos servidores segue austeridade fiscal proposta por Temer

Imprensa - 08/07/2016

aloysio_sub14-310x220Em sessão no Senado nesta sexta-feira (8), o líder do governo na Casa, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), afirmou que as negociações para reajustes do funcionalismo público federal estão de acordo com a austeridade fiscal proposta pelo governo do presidente em exercício, Michel Temer. “[É] Uma negociação positiva e que vai na linha da contenção de gastos”, explicou o tucano.

No último dia 6, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou oito projetos que promovem reajustes de salários para servidores públicos civis e militares federais. A partir de uma proposta do parlamentar paulista, o colegiado fez ressalvas a dispositivos dos textos e barrou a criação de novos cargos na administração pública.

“A LDO [Lei de Diretrizes Orçamentárias] prevê uma inflação de 4,8% e esses reajustes que vão se desenrolar ao longo de três anos são previstos em 4,5%, portanto abaixo”, disse em plenário.

Aloysio Nunes defendeu também a renegociação das dívidas dos Estados promovida pelo governo Michel Temer. Os estados e o Distrito Federal terão carência de seis meses nas parcelas até dezembro deste ano. “As receitas dos Estados caíram muito em razão da crise e em razão também das políticas de desonerações praticadas pelo governo da presidente Dilma, que não tiveram resultado esperado”, afirmou.

Eduardo Cunha

Ainda nesta sexta-feira, o tucano falou sobre a Câmara dos Deputados após a renúncia do então presidente afastado da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). “Acho que não há como preservar o seu mandato. Aliás, esta é a posição do líder do PSDB [Antonio Imbassahy, BA] e da nossa bancada na Câmara”, ressaltou.

“[Cunha] foi cevado durante os governos petistas, como uma peça na articulação que o governo [petista] pretendeu e conseguiu montar para se manter no poder”, disse. “Exemplos são abundantes de nomeação em cargos em empresas estatais. A mais notória é a do vice-presidente da Caixa, Fábio Cleto, que foi nomeado por ele no governo da presidente Dilma e que acabou se convertendo no delator que selou o seu destino”.

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08/07/2016