No primeiro semestre, brasileiros gastaram mais de R$ 174 bi com juros de dívidas
A multidão de endividados que recorreram a empréstimos para pagar suas dívidas sofre hoje com o impacto das altas taxas de juros. Segundo pesquisa da Fecomércio, os brasileiros gastaram mais de R$ 174 bilhões, apenas no primeiro semestre de 2016, pagando os juros de seus débitos. O resultado soma-se ao montante de R$ 110 bilhões que foram corroídos da renda da população, e que fazem falta na hora de pagar as contas. O deputado federal Elizeu Dionísio (PSDB-MS) atribui aos governos do PT a responsabilidade pela conjuntura econômica que jogou mais de 60% da população na inadimplência.
“Esse cenário foi o PT quem pintou. É o retrato de um Brasil quebrado, com o maior índice de desemprego da história, no qual o trabalhador não gera nem produz, e o leva a usar recursos que não são dele, e sim de instituições financeiras, atrasando compromissos que eventualmente ele fez”, disse o parlamentar.
O tucano lamenta que, para garantir a sobrevivência, os brasileiros tenham que recorrer a empréstimos com as mais altas taxas de juros do mundo. De acordo com a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, os juros para empréstimo pessoal em bancos subiram no mês de setembro, atingindo o patamar de 4,7% ao mês e 73,52% ao ano. Mas apesar dos elevados índices, Elizeu Dionísio acredita que as medidas econômicas apresentadas pelo novo governo podem amenizar a situação.
“Quero crer que as medidas que estão sendo tomadas agora possam trazer reflexos a médio e curto para que o Brasil possa voltar a crescer”, destacou o tucano.
Especialistas recomendam que os trabalhadores comprometam até, no máximo, 30% de sua renda com o pagamento de empréstimos. No entanto, nas cidades de Manaus, Teresina, Boa Vista e Natal, muitos moradores já ultrapassaram este limite.