Nomeação de Gilberto Carvalho como assessor de Lindbergh é “vergonhosa”, diz tucano
Ex-ministro receberá um salário de R$ 19.952,53 mensais, nova remuneração para o cargo após reajuste a funcionários do Senado
Brasília (DF) – Na reta final do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, o ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência no primeiro mandato da petista Gilberto Carvalho foi nomeado nesta quinta-feira (11) assessor da liderança da oposição no Senado, comandada pelo senador Lindbergh Farias (PT-RJ). O ex-ministro foi interlocutor do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva junto aos movimentos sociais e braço direito do petista nos seus dois primeiros mandatos na Presidência, ocupando o cargo de chefe de gabinete.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo desta sexta (12), Carvalho receberá um salário de R$ 19.952,53 mensais, nova remuneração para o cargo após reajuste a funcionários da Casa. Para o deputado federal Marco Tebaldi (PSDB-SC), a escolha de Carvalho para o cargo de assessor de Lindbergh é “vergonhosa” e demonstra a falta de critério do PT nas suas nomeações.
“É lamentável a nomeação de uma pessoa que foi tão maléfica para o país e que agora vai fazer o mal lá dentro do Congresso também. O PT sempre adota essa postura de indicar pessoas sem qualificação só porque é do partido, só porque são companheiros, sem levar em consideração a qualificação da pessoa. É um absurdo, uma vergonha”, criticou.
Citado na Lava Jato, Lindbergh faz parte da tropa de choque da presidente afastada no processo de impeachment junto à senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), mencionada na Operação Custo Brasil, pela qual chegou a ser preso seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).
Ainda segundo o tucano, a ausência de ética do partido em nomeações como a de Carvalho explica o “fracasso” dos governos petistas. “É por isso que a administração do PT foi um desastre, por isso que a atuação dos senadores e deputados petistas no Congresso também é um fracasso. É a falta de ética, de valor, de moral. O PT não tem mérito. Para eles, o que vale é quem fala mais mentira, quem faz mais mal às pessoas, quem mais rouba. É esse o critério que eles usam e é por isso que o ex-ministro, que já praticou os piores atos na Secretaria do Palácio, agora vai praticar o mesmo no Senado”, completou.