Nomeação de Gilberto Carvalho para o comando do Interlegis é “absurda”, critica Ataídes de Oliveira
O senador Ataídes de Oliveira (PSDB-TO) fez duras críticas a uma eventual nomeação de Gilberto Carvalho, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República durante o governo de Dilma Rousseff, para comandar o Interlegis, programa do Senado Federal destinado à promoção da integração entre as casas legislativas do país.
A indicação do petista – um dos investigados na Operação Zelotes, que apura o esquema de corrupção instalado no Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf) – foi classificada como “absurda” por Ataídes, que presidiu a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou as irregularidades no Carf.
“Eu vejo [a nomeação] como uma notícia absurda. Primeiro, porque a era desses malfeitores do PT já passou. Segundo, porque Gilberto Carvalho está atolado até o pescoço na Operação Zelotes. Quando eu fui presidente da CPI do CARF, estava muito claro o comprometimento deste senhor com esse Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, e a Zelotes está em cima”, ressaltou o parlamentar.
Segundo informações do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, divulgadas nesta sexta-feira (10), a ideia de indicar Carvalho para o cargo teria partido do senador José Pimentel (PT), novo primeiro secretário do Congresso. Para Ataídes, além do envolvimento de Gilberto Carvalho nas irregularidades no Carf, a nomeação do petista amplia ainda mais o loteamento de cargos no Senado a integrantes do PT que perderam suas funções após o impeachment de Dilma. “O PT já está com espaço demais, ao meu ver, no Senado Federal”, resumiu o tucano.
Além do possível cargo de comando do Interlegis com Gilberto Carvalho, o partido abriga diversos integrantes em sua liderança na Casa, tais como Wilmar Lacerda, Secretário de Administração Pública no governo Agnelo Queiroz e ex-presidente da sigla no Distrito Federal, e João Pedro Gonçalves da Costa, ex-presidente Fundação Nacional do Índio (Funai).