Nova delação do grupo Schahin pode esclarecer pagamentos a “garçom de Lula” e a Delfim Netto
A Polícia Federal negocia com donos do grupo Schahin uma nova delação premiada na operação Lava Jato. O empresário Salim Schahin, proprietário do grupo, pode esclarecer pagamentos fraudulentos a Carlos Roberto Cortegoso – que ficou conhecido como o “garçom” do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e foi o segundo maior fornecedor da campanha de reeleição da ex-presidente Dilma Rousseff – e a Luiz Appolonia Neto, sobrinho do ex-ministro Delfim Netto. De acordo com matéria do jornal O Estado de S. Paulo desta segunda-feira (12), Salim teria confessado em 2004 o empréstimo de R$ 12 milhões para o PT, efetuado em nome do pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula.
Segundo o Estadão, parte desse recurso foi destinado ao empresário Ronan Maria Pinto, de Santo André (SP). Condenado por corrupção no governo do prefeito Celso Daniel (PT-SP), morto em 2002, Ronan teria usado um montante dessa valor para a compra do jornal Diário do Grande ABC. O caso virou processo criminal, que está em fase final, e tem como réus também o ex-secretário-geral do PT Sílvio Pereira, o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares e o publicitário Marcos Valério – que será interrogado, em Curitiba, pelo juiz Sérgio Moro. Pereira, Delúbio e Valério são também protagonistas do escândalo do mensalão.
Em outra frente, a PF também pretende esclarecer com a nova delação premiada pagamentos suspeitos a 13 empresas acusadas de movimentar propinas descobertas pela Lava Jato e pela operação Custo Brasil. Segundo o jornal, entre as empresas citadas estão a CRLS Consultoria e Eventos (do “garçom” de Lula), a LS Consultoria Empresarial Agro Pecuária e Comercial (do sobrinho de Delfim que já confessou usar a firma para receber valores para o ex-ministro), a Rock Star Marketing e a Rock Star Produções Comércio e Serviços (do lobista e operador de propinas Adir Assad), e a Oliveira Romano Sociedade de Advogados (do ex-vereador do PT e delator Alexandre Romano, mais conhecido como Chambinho).
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