Nova política de preços da Petrobras será importante para atração de investimentos, diz tucano
No mês passado, pela primeira vez desde 2009, a companhia já havia reduzido o preço dos combustíveis
Brasília (DF) – Dando sequência à sua nova política de redução de preços, a Petrobras anunciou nesta terça-feira (8) um novo corte no valor dos combustíveis nas refinarias. Desta vez, a estatal afirmou que o diesel cairá 10,4%, e a gasolina 3,1%. No mês passado, pela primeira vez desde 2009, a companhia já havia reduzido o preço dos combustíveis. Se o repasse às bombas for integral, o preço do diesel cairá 6,6%, ou R$ 0,20 por litro. No caso da gasolina, a redução seria de 1,3%, ou R$ 0,05 por litro.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo desta quarta (9), a empresa diz que a decisão reflete “a combinação de queda no preço do petróleo e derivados entre 14 de outubro e hoje, que chega a 12,1%, e a redução da participação da companhia nas vendas no mercado interno”.
A Petrobras também declarou que a perda de participação nas vendas de combustíveis tem levado a uma redução de sua atividade de refino.
Para o deputado federal Rogério Marinho (PSDB-RN), a nova política adotada pela empresa é uma “boa nova” e beneficiará diretamente o consumidor. “A gente tem que saudar essa atitude, não apenas a questão da redução, mas da forma como a empresa está sendo encarada, inserida de volta no mercado. É uma prática saudável que atende às leis de mercado, da racionalidade e dá credibilidade à empresa, além de ajudar na sua reestruturação”, afirmou.
Segundo o tucano, o anúncio da redução será também um fator importante para a atração de novos investimentos para a estatal, diferentemente do modelo adotado no governo da ex-presidente Dilma Rousseff.
“O Brasil pagou um preço muito pesado pela utilização da Petrobras como instrumento político partidário do governo que foi deposto. A empresa foi sucateada, saqueada, destroçada, perdeu credibilidade, ranking e capacidade de investimento. Houve um processo de destruição da empresa. Espero que esse tipo de atitude que está sendo tomada pelo atual presidente Pedro Parente e pelo governo do presidente Michel Temer seja uma tônica porque nada mais palatável e natural do que preços que são internacionais se reflitam na ação da empresa”, avaliou.
De acordo com a reportagem, o anúncio de dois cortes nos preços em menos de um mês é uma sinalização de que a Petrobras vai cumprir a promessa de reavaliar com maior frequência os valores de venda dos produtos.
O modelo atual prevê reuniões mensais para analisar os preços, em uma discussão que leva em conta os preços internacionais dos combustíveis, uma margem de lucro e a participação da estatal nas vendas no mercado interno. A nova política de preços é vista pela direção da empresa também como um fator essencial para a atração de investimentos no setor de refino, incluído no seu novo plano de desinvestimentos.