Novo caminho vai reconectar PSDB com a sociedade brasileira, avalia Silvio Torres
Brasília (DF) – Secretário-geral do PSDB, o deputado federal Silvio Torres (SP) avaliou que a reunião ampliada da Executiva Nacional do partido, realizada nesta segunda-feira (12), abre um novo caminho para a legenda se reconectar com seus próprios valores e com a sociedade brasileira. O tucano destacou que, apesar de posições por vezes divergentes, o partido se uniu na decisão de permanecer na base de apoio ao governo pela continuidade das importantes reformas que ainda serão votadas no Congresso Nacional.
“Depois de muito tempo sem uma reunião desse tipo, sem algo que pudesse dar voz àqueles que representam o partido, nós estamos retomando o novo caminho. Esse novo caminho, tenho certeza absoluta, vai ser o caminho que vai reconectar o PSDB à sociedade brasileira”, disse o parlamentar, em vídeo publicado em sua página no Facebook.
O tucano saudou a presença do presidente interino do partido, Tasso Jereissati (CE), de deputados, senadores, governadores, prefeitos, membros da militância e dos segmentos do PSDB na reunião, além dos quatro ministros tucanos que integram o governo Temer e permanecerão em seus cargos – Antonio Imbassahy na Secretaria de Governo, Aloysio Nunes nas Relações Exteriores, Bruno Araújo no Ministério das Cidades, e Luislinda Valois na pasta de Direitos Humanos.
Torres ressaltou ainda que pluralidade de opiniões dentro do partido não impediu o PSDB de convergir em uma decisão que busca o melhor para os brasileiros.
“Essa reunião convocada pelo presidente Tasso Jereissati ouviu todas as correntes, todas as opiniões. Foram mais de cinco horas de reunião. Nesse tempo, o partido pôde se reencontrar, ouvindo opiniões divergentes, de parlamentares e pessoas que vieram trazer sua opinião contrária à participação no governo Temer, e outras falando o contrário, dizendo que deveríamos participar, e finalmente aqueles que falavam que a participação ou não do governo não é o fundamental”, relatou.
Para o deputado, o fundamental para o PSDB nesse momento são os compromissos assumidos com a população brasileira de lutar por reformas como a política, a da Previdência e a modernização da lei trabalhista, além de priorizar a continuidade de uma agenda econômica que tire o país da pior recessão de sua história.
“[O fundamental] é olhar para esses 14 milhões de desempregados, que, se o Brasil desandar novamente, não terão a menor chance de retomar o seu emprego. Ao mesmo tempo, apoiar as instituições que estão investigando os casos de corrupção onde quer que eles estejam, no governo, fora do governo, no nosso partido, em qualquer outro partido”, afirmou.
Autocrítica
Silvio Torres contou ainda que, paralelamente, o PSDB deliberou a antecipação da Convenção Nacional que elegerá um novo presidente e Executiva para a legenda, além da realização de convenções estaduais e municipais “para se reciclar, para se discutir internamente, fazer uma autocrítica”.
“Vamos trabalhar para isso, vamos trabalhar nesse sentido”, acrescentou o tucano. “Eu, ainda secretário-geral do partido, vou procurar dar minha contribuição. Mais do que como secretário, quero dar minha contribuição como parlamentar e como brasileiro”, completou.
Responsabilidade com o Brasil
Presidente do PSDB de Pernambuco, Antônio Moraes avaliou que ao manter o apoio ao governo federal em favor das estabilidades política e econômica do país, o partido priorizou a sua responsabilidade com o Brasil. “Foi uma decisão correta. Não decidimos apoiar o presidente Temer, mas o povo brasileiro. A gente pode fazer restrições ao presidente, mas temos uma equipe econômica extremamente competente, o Brasil tem dado sinais de que a economia está se recuperando”, considerou. “A gente tem de pensar nos 14 milhões de desempregados que podem aumentar se a economia voltar para o fundo do poço”.
O tucano elencou as conquistas da atual equipe econômica, como a queda da inflação, dos juros, do dólar, a retomada dos empregos formais e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. “É preciso ter responsabilidade nesse momento. Essa foi a posição que o PSDB tomou. Podem ter a convicção de que pesou na decisão de continuar apoiando o governo que a gente faça essa transição, para que em 2018 tenhamos uma eleição e que a população escolha bem, escolha alguém que tire o país das dificuldades em que se encontra”, concluiu Moraes.
* Com informações do PSDB-PE