O Brasil condena decisão de EUA sobre clima

Notícias - 02/06/2017

O governo brasileiro reagiu com temor e críticas à decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de se retirar do Acordo de Paris sob a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima e “renegociar” sua reentrada. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores sob o comando de Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) informou que: “Preocupa-nos o impacto negativo de tal decisão no diálogo e cooperação multilaterais para o enfrentamento de desafios globais”.
Posição semelhante foi demonstrada pela União Europeia e China. Assim como outros 30 países, o Brasil assinou um comunicado repudiando a decisão de Trump. A nota, divulgada pelo Itamaraty, foi em conjunto essas nações.

“O combate à mudança do clima é processo irreversível, inadiável e compatível com o crescimento econômico, em que se vislumbram oportunidades para promover o desenvolvimento sustentável e para novos ganhos em setores de vanguarda tecnológica”, diz a nota.

No que depender do governo brasileiro, haverá um esforço em parceria com outros países “na promoção do desenvolvimento sustentável, com baixas emissões de gases de efeito estufa e resiliente aos efeitos adversos da mudança do clima”.

O Brasil se comprometeu a reduzir 37% de suas emissões até 2025 e 43% até 2030, com base nos valores de 2005. Uma das principais estratégias para isso é zerar o desmatamento ilegal da Amazônia.

Acordo de Paris

O Acordo de Paris foi aprovado pelos 195 países com o objetivo de reduzir emissões de gases de efeito estufa (GEE) no contexto do desenvolvimento sustentável. O compromisso se destina a manter o aumento da temperatura média global em menos de 2°C acima dos níveis pré-industriais e de envidar esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais.

Para vigorar, é necessária a ratificação de pelo menos 55 países responsáveis por 55% das emissões de GEE. O secretário-geral da ONU, numa cerimônia em Nova York, no dia 22 de abril de 2016, abriu o período para assinatura oficial do acordo, pelos países signatários. Este período se estende até 21 de abril de 2017.

*Clique aqui para ler a íntegra da nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores.

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02/06/2017