O SUS deve ser gratuito e universal e o Estado tem essa obrigação para com os mineiros, destaca Anastasia

Saúde - 16/10/2018
Senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) discursa na tribuna do Plenário onde comentou a inclusão de seu nome no inquérito da Operação Lava-Jato (Moreira Mariz/Agência Senado)

O candidato ao governo do Estado pela Coligação Reconstruir Minas, Antonio Anastasia, visitou nesta segunda-feira (15/10) a Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte. Durante a visita, ele destacou a relevância do trabalho de entidades filantrópicas para atender a demanda dos mineiros por saúde e foi enfático ao dizer que o Estado deve cumprir a sua responsabilidade junto ao Sistema Único de Saúde (SUS) de forma gratuita e universal para todos.

“A Santa Casa é uma entidade filantrópica, mas que atende pelo Sistema Único de Saúde. Eu defendo o SUS gratuito e universal, enquanto nosso adversário defende os planos de saúde. Eu acho equivocado, porque só tem plano de saúde quem pode pagar. Por isso defendo a saúde pública e reforço meu apoio ao fortalecimento do SUS”, afirmou Anastasia.

A posição defendida por Anastasia é bem diferente da apontada pelo empresário Romeu Zema, que chegou ao segundo turno das eleições em Minas defendendo a privatização do SUS. “O problema da saúde não é a insuficiência de recursos. O governo não deve ser o responsável direto pela oferta de saúde”, destaca Zema em seu plano de Governo.

De acordo com Antonio Anastasia, as Santas Casas do Estado vivem um momento dramático e o governo estadual deve cumprir com as suas obrigações junto às instituições, mas também precisa restabelecer o fluxo dos pagamentos constitucionais para com os municípios que, da mesma forma, acabam comprometendo a oferta dos serviços aos seus munícipes.

“Nós sabemos que a situação de Minas é crítica e que a saúde é a área que sofre mais. Não só as Santas Casas, mas também as prefeituras. O Estado deve hoje cerca de R$ 8 bilhões aos municípios, sendo mais de R$ 4 bilhões para a área da saúde. A partir do momento em que o Estado não honra com seus compromissos com as prefeituras, com as Santas Casas ou com os hospitais filantrópicos, a saúde pelo estado afora vai à bancarrota. Nós temos que reverter isso”, pontuou.

O candidato da Coligação Reconstruir Minas falou ainda sobre como irá trabalhar a situação em favor da saúde pública, caso eleito. “Vamos fazê-lo exatamente através daquilo que falamos durante toda nossa campanha com três ações. Primeiro vamos alcançar o equilíbrio das contas, depois vamos buscar o aumento de receita e o terceiro passo será a negociação das dívidas com a União”.

Outro fator essencial defendido por Anastasia para que os mineiros e mineiras tenham um melhor acesso à saúde é a descentralização do atendimento e a conclusão dos hospitais regionais que ainda não foram terminados. “Na área da saúde é fundamental continuar nessa descentralização, apoiando as prefeituras, os consórcios intermunicipais de saúde e permitindo que a saúde esteja mais presente no interior do Estado, até para evitar que os doentes venham para Belo Horizonte. Para isso é fundamental, uma vez equilibrado as contas, concluir os hospitais regionais iniciados ao nosso tempo e que não foram concluídos”, destacou Anastasia.

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16/10/2018