Organizações internacionais avaliam os efeitos da crise na Venezuela e estudam soluções

Notícias - 31/05/2017

A imigração em massa de venezuelanos para o Brasil e a crise no país governado por Nicolás Maduro têm, cada vez mais, mobilizado órgãos internacionais. Membros do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), da ONU, estão reunidos com o governo federal, ministérios, governo de Roraima e prefeituras do estado planejando ações para resolver o problema.

Reportagem da Folha de S. Paulo desta quarta-feira (31) revela que Roraima já descartou a possibilidade de criação de um campo de refugiados. O governo estadual contabilizou pelo menos 30 mil imigrantes venezuelanos que vieram para o Brasil por meio da fronteira entre Santa Elena de Uairén e Pacaraima.

O governo brasileiro criou um grupo de trabalho nesta terça (30) em Boa Vista para botar em prática projetos que atendam às demandas dos estrangeiros. Nesta quarta, a comitiva vai a Pacaraima e, na quinta (1º), haverá nova reunião para definir estratégias.

A Organização dos Estados Americanos (OEA) pretende aprovar nesta quarta-feira (31) uma declaração com o objetivo de criar um grupo de países para ajudar no diálogo entre governo e oposição na Venezuela. Chanceleres da organização irão discutir dois textos sobre o tema na sede do organismo, em Washington.

Um dos textos, redigido por Peru, Canadá, México, EUA e Panamá, quer o “grupo de contato” e tem linguagem mais contundente contra o presidente Nicolás Maduro. Já o outro, de países do Caribe, é mais brando e não prevê o grupo.

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Aloysio Nunes (PSDB), explicou que o grupo proposto seria parecido ao Grupo de Amigos da Venezuela, criado em 2003 por iniciativa do Brasil. O tucano disse, ainda, que o país já demonstrou intenção de fazer parte também do esforço agora. Aloysio Nunes se reunirá com o secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, e o secretário-geral da OEA, Luis Almagro em Washington.

Entre os temas que serão discutidos na reunião da OEA estão a convocação de eleições, a libertação de opositores e o respeito à separação de poderes.

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31/05/2017