“Os governos do PT viraram as costas para os presídios brasileiros” diz tucano sobre a superlotação das cadeias públicas
A falta de políticas públicas e a negligência do governo da ex-presidente Dilma Rousseff em relação aos presídios brasileiros deixou a situação dos presos ainda pior. Um relatório divulgado nesta terça-feira (13) pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) mostra a falência do sistema prisional brasileiro e a superlotação das carceragens em que os detentos sobrevivem em condições desumanas.
Segundo reportagem do portal G1, o levantamento, que está em sua segunda edição, revelou que as cadeias públicas no país tinham 70% mais presos do que a capacidade máxima de lotação em 2015. Foram inspecionados mais de 1,4 mil estabelecimentos prisionais em todo território nacional. A íntegra do relatório pode ser acessada no site do CNMP.
Superlotação e instalações precárias foram os principais problemas apontados pela pesquisa. Nas penitenciárias, a lotação está 60% acima da capacidade. Em 2015, eram 224.360 vagas para 364.583 presos nos 523 presídios inspecionados pelo CNMP. Do total de estabelecimentos prisionais vistoriados, apenas 490 tinham camas para todos os presos.
O deputado Rodrigo de Castro (PSDB-MG) acredita que a má gestão aliada com esquemas de desvios de verbas destinadas à segurança pública foram alguns dos motivos que levaram o sistema prisional ao “colapso absoluto”.
“O governo do PT foi um desastre para a segurança pública no país e a questão prisional talvez seja o aspecto que mais chame a atenção. Nós tivemos o governo petista sabotando o fundo penitenciário nacional, que é um recurso para ajudar os estados a justamente investirem no setor”, disse.
Para o tucano, as gestões anteriores “viraram as costas para os presídios brasileiros”. “Temos uma realidade em que os presídios brasileiros estão inchados, são verdadeiras fábricas do crime. Esse é um problema imenso e que não temos condições de resolver a curto prazo”, lamentou.
Castro espera que o governo atue com rapidez para que a questão carcerária brasileira seja resolvida. “O governo federal já sinalizou que pretende dialogar e ajudar efetivamente a questão da segurança pública. Somente o governo federal tem a capacidade de coordenar esse grande esforço que o Brasil precisa em torno da segurança pública e também na questão das vagas carcerárias”, concluiu.