“País perdeu relevância com os governos do PT”, avalia tucano sobre ‘esquecimento’ do Brasil em Davos

Imprensa - 20/01/2017

Cooperation for Peace: A New Vision for the United NationsA principal sessão do último dia do Fórum Econômico Mundial, realizado em Davos, na Suíça, ilustrou perfeitamente a perda de relevância do Brasil no quadro econômico global em razão dos equívocos cometidos pelo governo da ex-presidente Dilma Rousseff. No debate realizado nesta sexta-feira (20) e intitulado “Panorama Econômico Mundial”, seis especialistas abordaram as perspectivas para o futuro imediato da economia global sem fazer qualquer menção ao Brasil durante os 62 minutos da conferência. As informações são de matéria publicada pelo jornal Folha de S. Paulo.

O economista e deputado federal Adérmis Marini (PSDB-SP) avalia o “esquecimento” do Brasil na sessão do fórum de Davos como um reflexo dos anos em que as gestões petistas à frente do governo federal definiram as relações comerciais do país de acordo com interesses ideológicos, em detrimento de uma agenda de parcerias determinada por aspectos econômicos.

Para o tucano, a preferência pelas relações com a América Latina, igualmente ignorada no debate em Davos, fez o Brasil se fechar para os principais agentes da economia global. “O Brasil perdeu [relevância] em função do último governo que nós tivemos, o governo do PT, Dilma, Lula. Eles fizerem um governo mais voltado para esse relacionamento com a América Latina”, criticou o parlamentar, que ressaltou o papel do governo do presidente Michel Temer, com destaque para o chanceler José Serra (PSDB), na reversão desse quadro negativo.

“Agora cabe a nós, com o governo e com a presença do ministro José Serra – que na minha opinião é um dos maiores economistas do mundo -, nas Relações Exteriores, ter um planejamento, uma agenda econômica positiva, e aprovarmos na Câmara dos Deputados reformas necessárias para o desenvolvimento do país e, consequentemente, o Brasil vai retomar o seu local de destaque no cenário mundial”, avaliou Marini.

Como destaca a reportagem da Folha, a indiferença da elite global em relação ao Brasil é explicada pelas projeções de crescimento econômico para este ano. Enquanto a economia do planeta terá uma alta de 3,4% em 2017, o Brasil expandirá sua economia em apenas 0,2%, segundo projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI). Apesar de modesto, o crescimento esperado para 2017 é um avanço em relação às quedas do Produto Interno Bruto (PIB) registradas no Brasil em 2015 e 2016, anos em que a crise do governo de Dilma Rousseff ainda era sentida com mais intensidade.

Marini acredita que, a partir 2018, com a consolidação da agenda implantada pelo governo Temer, o Brasil voltará a ser destaque no Fórum Econômico Mundial.

“Após esse trabalho que nós vamos desenvolver na Câmara dos Deputados, e principalmente pelo nosso chanceler José Serra, eu tenho certeza que, em 2018, o Brasil vai ter outra repercussão em relação a esse fórum [de 2017], que está ainda espelhado no governo recente, que é o governo Dilma e o governo Lula”, concluiu o parlamentar.

Clique aqui para ler a matéria da Folha de S. Paulo sobre o Fórum de Davos.

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20/01/2017