Para estimular a economia, governo vai autorizar a venda de terras para estrangeiros

Imprensa - 17/02/2017

agriculturaparaPara dar impulso ao agronegócio brasileiro, o governo federal autorizou a venda de terras a estrangeiros. A liberação deve sair em 30 dias, de acordo com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Em entrevista à GloboNews, nesta semana, Meirelles defendeu a medida somente para atividades agrícolas perenes. Ou seja, apenas para plantações cujo ciclo de vida é longo. Na avaliação do deputado federal Rocha (PSDB-AC), a medida é essencial para aumentar os investimentos na área.

“Todos os países que se abriram para o ingresso do capital, cresceram. Desenvolveram a agricultura, desenvolveram a indústria, esse é o processo. Nós não podemos nos isolar do mundo. Nós temos que nos integrar a esse mundo globalizado hoje. Nós não podemos nos fechar. Eu acho que é importante abrir para o mundo, buscar tecnologias, capitais, e incrementar a nossa agricultura, que já tem dado resposta muito positiva. Quem sustenta hoje a balança comercial brasileira é o agronegócio”, declarou.

Em entrevista ao jornal O Globo, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, afirmou que essa liberação deverá cumprir uma lista de requisitos mínimos para atuação. Maggi ainda defendeu uma proposta em que os compradores não poderão adquirir áreas para especular ou plantar safras curtas, como grãos, por exemplo. O deputado Rocha explica como o agronegócio vem se sobressaindo mesmo diante da recessão econômica no Brasil.

“Hoje, uma das principais demandas do mundo é alimento. E o agronegócio brasileiro, mesmo com todas as dificuldades, é o grande responsável pelo equilíbrio da balança comercial brasileira. É quem mais exporta, que traz recursos. Isso é um sinal de que o governo vai sim ajudar o agronegócio, a agroindústria, para que ela possa cada vez mais se fortalecer e dar o retorno que o país precisa”, destacou o tucano.

A comercialização de terras atualmente acontece no chamado “mercado de vizinhança”, que é quando ocorre entre vizinhos e pequenas áreas, em estados consolidados. Segundo o ministro da fazenda, a medida vai beneficiar o agronegócio brasileiro, além de gerar novos empregos no país.

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17/02/2017