Para líder do PSDB no Senado, fim das coligações pode aprimorar voto dos eleitores
Mudança está prevista na PEC da reforma política de autoria dos senadores Aécio Neves e Ricardo Ferraço
Às vésperas da votação em primeiro turno da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 36, de 2016, que estabelece mudanças profundas no sistema político, o líder do PSDB no Senado, Paulo Bauer (SC), ressalta o benefício do fim das coligações partidárias na escolha de deputados e vereadores a partir de 2022. A PEC, de autoria dos senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Ricardo Ferraço (PSDB-ES), ressalta que a medida pode inibir a proliferação de partidos políticos e aumentar a representatividade, pois o voto do eleitor será destinado apenas ao candidato de sua preferência, e não a um grupo de partidos que distribuirá as cadeiras do Legislativo, como funciona com as coligações.
Paulo Bauer acrescentou que a proposta aproximará a população dos políticos, o que pode qualificar ainda mais o voto. “Com certeza nós teremos aí, nessa nova forma de funcionamento das eleições, a condição de o eleitor identificar nos grandes partidos e grandes nomes da política os melhores que ele quer que representem seus interesses no Legislativo. O eleitor vai precisar ver quem são os nomes que estão naquela lista para saber se, eventualmente, esse partido merece estar com assento e com representação política no parlamento.”
Uma alternativa às coligações é o dispositivo que permite aos partidos políticos se unirem em federações. Com ele, as legendas menores não serão prejudicadas e essas agremiações podem ter funcionamento parlamentar se alcançarem o quociente mínimo de votos válidos. Paulo Bauer ressalta que, dessa forma, os candidatos eleitos por partidos pequenos precisarão unir-se a outros partidos, o que estimula o trabalho conjunto de legendas com afinidade ideológica.
“Esses deputados, depois de eleitos, terão que trabalhar unidos a outras bancadas maiores que representam efetivamente o pensamento da sociedade.”
A votação em primeiro turno da PEC da reforma política ocorrerá nesta quarta-feira (9) e deve ser o único item da pauta do plenário do Senado no dia. O segundo turno de votação da matéria está marcado para o dia 23 de novembro.
