Para Otavio Leite, Dilma é “coerente” ao decidir não participar da abertura das Olimpíadas

Imprensa - 26/07/2016

Otavio Leite é presidente da Comissão da Segurança

A presidente afastada, Dilma Rousseff, anunciou que não irá à cerimônia de abertura da Olimpíada, no dia 5 de agosto, no Maracanã (RJ). Em entrevista à Rádio França Internacional nesta segunda-feira (25), Dilma afirmou que não pretende participar do evento numa “posição secundária”.

Além de Dilma, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também desistiu de participar da abertura dos Jogos Olímpicos.  A avaliação do petista, similar a da presidente afastada, é de que não há “clima político” para sua presença.

Aliados da petista já aconselhavam Dilma a não comparecer à abertura do evento esportivo por receio dela ser vaiada diante do presidente em exercício, Michel Temer, e ficar isolada. Segundo reportagem publicada nesta terça-feira (26) pelo jornal O Estado de S. Paulo, Temer disse que não há “constrangimento algum” se Dilma decidir participar da abertura dos Jogos Olímpicos.

O deputado federal Otavio Leite (PSDB-RJ) afirma que a decisão de Dilma é coerente diante do desgaste da sua imagem devido às inúmeras práticas irregulares cometidas em sua gestão.

“O fato é que, embora o processo precise ser concluído, o afastamento definitivo, o impeachment, está a um passo de ser declarado pelas nítidas e comprovadas pedaladas e atitudes que revelaram crime de responsabilidade. Não nos surpreende essa decisão. É coerente com o estágio de degradação política dela e do PT”, afirmou.

Dilma e todos os seus antecessores foram convidados para a cerimônia. Antes mesmo da oficialização do convite, a presidente afastada já avaliava não participar do evento. Dilma foi afastada da Presidência da República por 180 dias, no dia 12 de maio, após o Senado Federal aprovar a admissibilidade do processo de impeachment. O processo está sob julgamento da comissão do Impeachment, que irá votar o parecer do relator Antonio Anastasia (PSDB-MG) no dia 9 de agosto. A votação pelo Plenário do Senado para definir o afastamento definitivo só ocorrerá após os Jogos Olímpicos.

Clique aqui para ler a íntegra da matéria do jornal O Estado de S. Paulo.

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26/07/2016