Para Pestana, volta do Brasil à OMC vai permitir a defesa dos produtos nacionais

Imprensa - 31/01/2017

marcus-pestana-foto-alexssandro-loyolaApós 13 anos de gestões petistas, o governo federal dá um passo importante para voltar a fortalecer a diplomacia brasileira. O presidente Michel Temer anunciou a candidatura do embaixador José Alfredo Graça Lima para o cargo de juiz na Organização Mundial do Comércio (OMC). De acordo com matéria do jornal O Estado de S.Paulo desta segunda-feira (30), a vaga no Órgão de Apelação da OMC será aberta em julho e preenchida por um candidato latino-americano. O processo seletivo se inicia em fevereiro.

Para o deputado federal Marcus Pestana (PSDB-MG), o mundo se aproxima de uma realinhamento completo em relações internacionais e é importante que o Brasil recupere terreno na OMC. Segundo ele, a “era Trump” nos EUA sinaliza uma estratégia de regressão do processo de integração internacional, com retaliações, protecionismo, fechamento de fronteiras e sobretaxação de importações. Esses conflitos, segundo o parlamentar, acabarão na OMC, já que a entidade tem o papel de arbitrar essas relações.

“Os momentos são turbulentos, muito difícil imaginar tudo que vai acontecer a partir dessa regressão do processo de intergração internacional, da globalização, não só nos EUA, mas também com países europeus, e é preciso ter uma ação clara, transparente, mas muito firme e competente na defesa dos produtos brasileiros e esse é o objetivo do governo ao tentar inserir novamente o Brasil na órbita decisória da OMC”, explica o parlamentar, que é economista.

Segundo o Estadão, o embaixador brasileiro, que tem 48 anos de serviço público, é considerado na comunidade internacional como um dos maiores especialistas em disputas comerciais. O Brasil já havia ocupado o posto na OMC entre 2001 e 2009, mas o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afastou deliberadamente Graça Lima de negociações e cargos ligados ao comércio internacional. A medida acabou fazendo com que o país perdesse a chance de continuar no órgão.

“O Itamaraty tem uma larga tradição, competente, professional e pragmática, defendendo os interesses do Brasil e não se perdendo em frasiologia, ideologia com alinhamentos equivocados como foi a história da política internacional ao longo dos governos do PT. Agora o Michel Temer tenta recuperar terreno, indicando um diplomata reconhecido, experiente e qualificado que poderá dar uma grande contribuição ao Brasil e à toda América Latina na defesa comercial de nossa produção”, ressalta o tucano.

Pestana lembra ainda que o país sempre foi respeitado mundialmente pela qualidade de sua política externa até a chegada de Lula na Presidência. “Isso é um fato histórico que infelizmente foi comprometido no governo do PT, onde tinha, inclusive, o ‘Itamaraty do B’. A existência de um assessor de política internacional no Palácio do Planalto gerando duplicidade na orientação da política externa e alinhamentos com a Venezuela, Cuba e Irã levaram o país a jogar fora toda história de sua diplomacia”, criticou.

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31/01/2017