Para Ramalho, medidas paliativas não resolvem problema das greves

Presidente do Núcleo Sindical avalia que governo federal tem deixado a desejar em negociações

Notícias - 09/08/2012
Ramalho: governo não sabe negociar

Brasília – O presidente do Núcleo Sindical do PSDB, Antonio Ramalho, avalia que o governo federal tem deixado a desejar em negociações com movimentos sindicais do país. Para ele, a onda de greves dos servidores federais é fruto da inobservância às reivindicações das classes trabalhadoras. “Está faltando um porta-voz no governo Dilma. As relações entre governo e sindicatos deveriam ser intermediadas pelo ministro do Trabalho, o que não acontece”, afirmou. “O governo tem ficado muito longe dos sindicatos e, a cada dia, se distancia mais. É muita irresponsabilidade não oferecer um canal de comunicação direta com as centrais sindicais pelo Brasil”, destacou.

Ramalho ressalta que o Executivo utiliza medidas paliativas para motivar o emprego e renda e acabar com paralisações de grevistas. Para ele, a solução seria chamar a responsabilidade para si. “Quando ameaçam parar as rodovias é que se começa a pensar em uma solução. As universidades estão em greve há três meses, a situação da saúde está calamitosa”, atacou.

O presidente do Núcleo Sindical considera as greves como uma alternativas legítimas, em face à não abertura do governo para debater assuntos de foro sindical. “Os movimentos sindicais têm todo o direito de fazer greve. Greves legítimas, dentro da lei. O que não é legitimo é o governo se fechar, prejudicar a sociedade para depois pensar em debater. Porque ele tem que esperar primeiro uma mobilização dos policiais, educadores, profissionais da saúde? Quando o governo fecha as portas, os sindicatos não tem outra opção”, alegou.

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09/08/2012