Para Rogério Marinho, retomada da economia depende da aprovação reformas

Imprensa - 05/01/2017

rogerio-marinhoDiante da forte crise atravessada pelo país no ano passado, deixada como herança pelo governo Dilma Rousseff, o Brasil ainda tem incertezas sobre uma recuperação econômica em 2017. Especialistas apontam que este ano tende a ser melhor do que 2016, mas que é preciso observar atentamente o comportamento de indicadores importantes, como a inflação, a taxa básica de juros e o desemprego.

O deputado federal e economista Rogério Marinho (PSDB-RN) tem uma expectativa positiva para este ano, mas chama a atenção para fatores podem que afetar o processo político e acentuar a instabilidade econômica, especialmente relacionados à Operação Lava Jato.

“Minha expectativa em relação a 2017 é positiva, mas não é entusiasmada, porque eu acho que a velocidade do crescimento poderia ser maior. Nem tudo é como nós imaginamos. Houve obstáculos que nós não imaginávamos, principalmente a instabilidade da questão da própria Lava Jato, que é superveniente, gera instabilidade no processo político.”

O tucano ressalta a importância em dar velocidade à tramitação de reformas que buscam o reequilíbrio das contas públicas e a retomada do crescimento da economia, como as da Previdência e das leis trabalhistas.

“Vai depender muito da velocidade com que nós vamos implementar as reformas estruturais para o Brasil crescer. A própria modernização trabalhista, o trabalho intermitente, temporário, a terceirização. Uma modernização extremamente importante para que nós deixemos de perder emprego para outros países. É isso que eu espero que aconteça no Brasil em longo prazo.”

As mudanças na legislação trabalhista, anunciadas pelo presidente Michel Temer em dezembro do ano passado, ainda serão enviadas ao Congresso Nacional via projeto de lei. Entre os destaques, estão a jornada diária de trabalho, que poderia chegar a 12 horas, respeitando o limite de 220 horas mensais, a remuneração por produtividade e a forma de registro do ponto. Com isso, o governo espera criar um cenário mais atraente aos empregadores e diminuir o desemprego no país.

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05/01/2017