Para tucano, armazenamento do acervo de Lula pela OAS é prova de corrupção
O presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, confirmou nesta quinta-feira (15) ter recorrido à OAS para custear o armazenamento do acervo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, guardados no galpão da empresa Granero até o fim do ano passado, ao custo de R$ 1,3 milhão. De acordo com matéria do jornal O Globo, o Ministério Público afirma que trata-se de valor descontado do cálculo de propina devida pela empreiteira ao PT pelos contratos com a Petrobras.
Para o presidente do PSDB de Minas Gerais, deputado federal Domingos Sávio, o custeio da OAS mistura corrupção com vaidade pessoal e comprova que o povo vinha sendo roubado duplamente: pela quadrilha do PT e nas obras superfaturadas contratadas com licitações fraudulentas. “Os próprios empresários vêm confirmando em delação premiada que eram extorquidos por essa quadrilha do PT, chefiada pelo Lula, para darem propina em contratos superfaturados. Nesse caso, eu ainda enxergo outro problema, ainda que não possa ser de natureza criminal. Mostra também a falta de compromisso com o país e o culto da imagem que os petistas estimulam para iludir os brasileiros. Percebemos aí a vaidade, a falta de humildade, contrário do que o Lula e seus asseclas tentam apregoar de que ele é um simples operário”, disse o parlamentar.
O tucano critica ainda tentativa de se fazer “culto” à imagem de Lula, o que, segundo ele, é bem próprio de “figuras ditatoriais” que tentam estabelecer a criação de um mito para perpetuação no poder. “E o pior, com uso do dinheiro de propina, roubado dos brasileiros, o que mostra como estávamos nas mãos de uma quadrilha sem nenhum compromisso com o país. Ainda bem que estamos acordando desse pesadelo e tomara que o Lula de fato vá para a cadeia para pagar pelo mal que fez ao Brasil”, criticou.
Denunciado na Operação Lava Jato, Okamotto disse que “não tinha outro jeito” a não ser pedir à OAS, já que o Instituto Lula não tinha sido formalizado no início de 2011 – época em que recebeu a incumbência de arrumar um local para guardar os 14 contêineres com “cartas, presentes, lembranças, artesanatos e camisetas” que o petista ganhou enquanto esteve na Presidência da República. Outra opção, segundo o aliado do ex-presidente, seria transferir o material para o Memorial da Democracia, que seria construído por Lula no Centro de São Paulo, mas a cessão do terreno pela prefeitura foi questionada pelo Ministério Público como ilegal e não saiu do papel.
Segundo Domingos Sávio, a quantidade de contêineres contratados demonstra que os objetos não fazem parte do acervo de Lula, e sim da Presidência da República, como prevê a Constituição. “Algumas coisas podem ser de natureza pessoal, como correspondências, mas isso não iria envolver tantos contêineres. Seguramente existem objetos de valor que a boa prática da política, o código de ética da Presidência e a Legislação brasileira proíbem os presidentes que se apossem de presentes de valor material que devem ficar no patrimônio da União. Os presentes são destinados à nação, que são dados por chefes de Estado, e devem ir para museus públicos. Agora, o que o Lula tentou fazer foi um culto à sua pessoa e, o pior, usando dinheiro de propina para sustentar essa sua vaidade e de tentar passar para o Brasil de que ele é um mito”, disse o tucano, ressaltando que o ex-presidente “vai ficar marcado na história, mas como um dos piores líderes que esse país conheceu pela falta de ética, compostura e pela grande capacidade de mentir e enganar o povo brasileiro”.
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