Para tucano, aumento na fiscalização dará mais transparência ao Mais Médicos

Saúde - 09/03/2017
#pracegover: foto mostra o deputado federal Caio Nárcio

O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou, nesta quarta-feira (8), a ampliação da fiscalização sobre os recursos pagos aos cubanos que participam do programa Mais Médicos, projeto criado pela gestão da ex-presidente Dilma Rousseff. De acordo com matéria da Agência Brasil, uma auditoria independente vai avaliar a regularidade do pagamento das bolsas e a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) deverá apresentar um relatório detalhado sobre as despesas com o custeio dos profissionais.

Os médicos cubanos atuam no país por meio de uma cooperação intermediada pela Opas, mas, segundo relatório do TCU, o governo cubano retém 75% do valor pago. A rotina é contestada pelo ministro Augusto Sherman Cavalcanti: “Por que temos de colocar R$ 6 bilhões em um programa em que 75% vão para outro país?”.

Na opinião do deputado federal Caio Nárcio (PSDB-MG), o aumento da fiscalização é uma medida importante para dar transparência aos recursos destinados ao programa. O tucano também contesta a postura do governo cubano em reter 75% do valor pago aos profissionais de seu país.

“Acho que tem uma inversão de valor, tem sido exacerbado o montante desse convênio. O que existe hoje é um contrato que desvaloriza o médico. Sou particularmente contra a esse modelo, acho que o médico cubano deve receber da mesma maneira que o médico brasileiro trabalha aqui”, ressalta o parlamentar.

Para o deputado mineiro, o governo federal deveria fazer mudanças no programa Mais Médicos para valorizar os profissionais brasileiros. “Acredito que os cubanos são bem-vindos, mas eu daria prioridade à formação dos médicos brasileiros e traria apenas o excedente da mão-de-obra pra cá, mas que todos recebessem iguais, independente de sua nacionalidade”, conclui.

Hoje, dos 18.240 médicos participantes do programa 5.274 são formados no Brasil (29%), 1.537 têm diplomas do exterior (8,4%) e 11.429 fazem parte do acordo de cooperação com a Opas (62,6%). Segundo o governo federal, mais de 63 milhões de famílias brasileiras são beneficiadas pelo programa.

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09/03/2017