Partidos que apoiaram candidatos derrotados sinalizam apoio a João Doria em São Paulo
Brasília (DF) – Dois dias após a vitória de João Doria no primeiro turno das eleições à Prefeitura de São Paulo, partidos que apoiaram candidatos derrotados já sinalizam aderir ao futuro governo do tucano, podendo integrar a base governista na Câmara Municipal. A expectativa é que Doria possa contar com os votos de até dois terços da Casa. Ao menos cinco legendas de coligações adversárias já indicaram que devem migrar para a base de apoio do prefeito eleito, entre elas o PMDB, de Marta Suplicy, e o PSD, do vice Andrea Matarazzo.
As informações são de reportagem desta quarta-feira (5) do jornal Folha de S. Paulo. De acordo com a publicação, das 55 cadeiras da Câmara Municipal, 25 serão ocupadas por vereadores de partidos da coligação de João Doria. Caso o apoio de outras legendas se concretize, a base do tucano poderia chegar a 38 membros. A oposição se limitaria a 11 membros, sendo que nove são do Partido dos Trabalhadores.
Fundador do PSD e ex-prefeito de São Paulo, o ministro da Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab, afirmou que a disposição do seu partido é dialogar e atuar de forma “construtiva”. “A cidade elegeu um prefeito, nós vamos ajudá-lo”, disse. Kassab destacou que os vereadores têm liberdade para atuarem de acordo com suas convicções, mas “a orientação partidária é ter uma ação construtiva, mais do que republicana”.
Já o líder do PSD na Câmara, vereador Police Neto, defendeu que o diálogo comece imediatamente. “Vamos iniciar um debate orgânico com o prefeito eleito, em cima do que ele vai pautar”, apontou.
A direção do PMDB segue a mesma linha. “O partido deve compor, sim, até porque há uma porção de coisas que precisam ser ajustadas na cidade”, ressaltou o deputado estadual Jorge Caruso, primeiro-secretário da sigla em São Paulo.
Os partidos que apoiaram a candidatura de Celso Russomanno (PRB) também devem se alinhar a Doria. Segundo a Folha, PRB, PTB e PSC já procuraram o coordenador da transição de João Doria, Júlio Semeghini, para conversar.
“Não negaremos a ele o apoio para fazer as transformações que São Paulo merece”, completou pastor Everaldo, presidente nacional do PSC.
Leia AQUI a íntegra da reportagem do jornal Folha de S. Paulo.