“Pátria Educadora” de Dilma deixou quase metade dos jovens fora do ensino médio

Apenas 53% dos jovens brasileiros estavam matriculados em escolas no ano de 2015, durante governo da petista

Notícias - 12/09/2017
Pátria Educadora" de Dilma deixou quase metade dos jovens fora do ensino médio

A “Pátria Educadora”, alardeada pela ex-presidente Dilma Rousseff em 2015, chama a atenção pelo acúmulo de dados insatisfatórios na educação. Segundo levantamento feito pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), apenas 53% dos jovens brasileiros estavam matriculados no ensino médio naquele ano. O índice é bastante inferior à média de outros países do grupo, nos quais a média de matrícula dos estudantes de 15 e 16 anos é de 95%. Além disso, os dados desapontam ao mostrar que mais da metade dos adultos entre 25 e 64 anos não tinham acesso ao ensino médio, e que 17% da população sequer havia concluído o ensino básico.

Deputado federal pelo PSDB do Rio de Janeiro, Otávio Leite lamenta a inércia observada ao longo dos últimos anos de governos do PT na área de educação. Para o parlamentar, não há possibilidade de se vislumbrar uma sociedade mais justa sem que se corrija esse rumo.

“Este talvez seja dos mais cruéis retratos do nosso déficit estrutural. Isso é fruto de uma incompetência muito própria do governo do PT, que faz muito mais espuma do que substância. A rigor, estes números estão revelando isso. E não há possibilidade nenhuma de crescimento econômico verdadeiro que não seja por meio de uma educação de qualidade e do desenvolvimento econômico a ela associada”, afirmou o tucano.

Os números fazem parte do relatório “Um olhar sobre a educação”, publicado nesta terça-feira (12) pela OCDE. Eles relevam também incoerências: o Brasil investe, anualmente, US$ 3,8 mil por aluno no primeiro ciclo do fundamental, gasto duas vezes menor que o de outros países da OCE, cuja média de investimento é de US$ 8,7 mil. Já no ensino superior, apesar das dificuldades constatadas nos últimos anos, o gasto sobe para US$ 11,7 mil. Para elaboração do relatório, foi analisado o panorama da educação em mais de 45 países – 35 da OCDE e vários parceiros, como o próprio Brasil.

Otávio Leite ressalta que a educação de base é tão importante quanto as fases subsequentes, e que além de revisar os investimentos, é preciso aplicar novas metodologias. O tucano lembra que a reforma do ensino médio, sancionada em fevereiro deste ano, pode mudar esse cenário.

“A reforma do ensino médio desenha uma metodologia de trabalho na educação mais compatível com a nossa realidade, fortalecendo o ensino técnico e fazendo com que as escolas tenham mais autonomia para definir seus rumos acadêmicos, preservada a espinha dorsal que é a Base Nacional Curricular Comum. É preciso modernizar, fazer com que as escolas, cada vez mais, tenham mais autonomia e responsabilidade com os resultados.”

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12/09/2017