Petrobras acerta vendas do Complexo Petroquímico de Suape e de usina de álcool
Considerado um dos projetos mais deficitários realizados pela Petrobras nos últimos anos, o Complexo Petroquímico de Suape (PQS), em Pernambuco, será vendido pela estatal para a mexicana Alpex por US$ 385 milhões. Também será negociada a fatia de 45,9% que a Petrobras Biocombustível detinha na empresa produtora de açúcar e álcool Guarani, por US$ 202 milhões. Ambos os negócios foram aprovados nesta quarta-feira (28) pelo Conselho de Administração da Petrobras.
Com os valores, a petrolífera atingirá US$ 13,6 bilhões em venda de ativos neste ano, o que representa 91% da meta de arrecadação estipulada no plano de desinvestimento da empresa elaborado pela gestão de Pedro Parente, que previa o recebimento de US$ 15,1 bilhão com esse tipo de negociação. As informações são de matéria publicada pelo jornal O Globo nesta quinta-feira (29).
A reportagem do jornal carioca destaca os gastos bilionários acarretados com a construção do complexo de Suape e a falta de retorno do projeto, planejado para a produção de matérias-primas como resina PET e fibras têxteis. Iniciadas em 2006, durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, as obras do PQS custaram R$ 11,5 bilhões a estatal, à época comandada por Paulo Roberto Costa, que participou do esquema de corrupção instalado na empresa e investigado pela Operação Lava Jato.
Além disso, apenas no terceiro trimestre deste ano, a Petrobras registrou uma baixa contábil de seus ativos no valor de R$ 15,7 bilhões, sendo R$ 2 bilhões relativos somente ao Complexo Petroquímico de Suape.
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