PGR diz que Paulo Bernardo agiu como “operador” de Gleisi na Lava Jato

Imprensa - 23/07/2016

Paulo Bernardo FOTO EBCBrasília (DF) – A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu urgência ao Supremo Tribunal Federal (STF) na análise de denúncia apresentada em maio contra a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e o marido dela, o ex-ministro Paulo Bernardo, na Operação Lava Jato. Segundo o texto, o ex-ministro agiu como o “verdadeiro operador” de Gleisi. As informações são do jornal Folha de S. Paulo deste sábado (23).

A acusação é que a campanha da petista ao Senado, em 2010, teria recebido R$ 1 milhão do esquema de corrupção da Petrobras. Assinado pela procuradora-geral da República em exercício, Ela Wiecko, o parecer foi protocolado nesta quinta-feira (21) e afirma que Bernardo foi responsável por solicitar a propina para a campanha.

“O desempenho dessa função por Paulo Bernardo, como um verdadeiro operador de sua esposa – inclusive valendo-se da importância do ministério então por ele ocupado –, exatamente como dito por Paulo Roberto Costa [ex-diretor da Petrobras] e Alberto Youssef [doleiro], que o apontaram como solicitante da vantagem indevida em favor da codenunciada Gleisi”, diz o texto.

Segundo a reportagem, Wiecko rebateu argumentos da defesa sobre nulidade de delações e invalidação de provas e pediu que a Segunda Turma do STF, que analisa questões da Lava Jato, decida sobre a abertura da ação penal.
“A procuradora-geral da República em exercício manifesta-se pela rejeição das preliminares aventadas nas respostas à acusação apresentadas por Gleisi Helena Hoffmann, Paulo Bernardo Silva e Ernesto Krugler Rodrigues e, eis que presentes as condições e requisitos legais, reitera requerimento formulado pelo recebimento da denúncia, com urgente submissão do feito à análise pela 2′ Turma do STF”, afirmou.

Na manifestação, a Procuradoria reafirma que, entre julho e outubro de 2010, “terminais vinculados ao ex-ministro realizaram 163 ligações para o telefone de Ronaldo Baltazar responsável pela administração financeira da campanha de Gleisi ao Senado em 2010, e 82 ligações para o PT no Paraná”.
Em nota divulgada ontem, os advogados que representam a senadora disseram lamentar que a procuradora tenha pedido agilidade no processo, mesmo o STF estando de recesso.

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23/07/2016