Pimentel é denunciado por corrupção pela segunda vez na Acrônimo

Imprensa - 11/11/2016

fernando-pimentel_-foto_-antonio-cruz_-agencia-brasil_-29-06-2011201106290001Brasília (DF) – O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), foi denunciado por corrupção ativa pela segunda vez na Operação Acrônimo. Além dele, o presidente afastado do grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht, preso e condenado na Operação Lava Jato, também foi acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de corrupção ativa. O petista é acusado de ter recebido propina do empreiteiro quando era ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior por ajuda em obras da empresa no exterior. As informações são do jornal Correio Braziliense desta sexta-feira (11).

De acordo com documentos obtidos pela reportagem, os dois são apontados como os autores de um esquema envolvendo financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O caso será relatado pelo ministro Herman Benjamin, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

A Polícia Federal (PF) destaca que o empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, delator da Acrônimo e também denunciado, intermediava propinas do empreiteiro para Pimentel em troca da intervenção do então ministro em projetos da Odebrecht na Argentina e em Moçambique.

Segundo o delator, os repasses eram feitos em hotéis em São Paulo, entre 2012 e o início de 2014, às vésperas de o petista deixar a pasta para se candidatar ao governo de Minas. Ele afirma que eram usadas “palavras-chave ou senhas para identificação dos representantes de cada parte no esquema criminoso”.

Bené contou ainda que o governador pediu de R$ 20 milhões a R$ 25 milhões em propina, mas a diretoria da Odebrecht só liberou R$ 12 milhões. A maior parte do pagamento foi feita em dinheiro.

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11/11/2016