Pobreza se propaga e 23% dos brasileiros recebem menos que o salário mínimo
A pobreza está crescendo cada vez mais à medida que a crise econômica causada pelos governos do PT reduz a renda dos trabalhadores e os empurra para a informalidade. Segundo estudo feito por Rodolfo Hoffmann, professor da Universidade de São Paulo, mais de 23% da população economicamente ativa no Brasil recebe menos que o salário mínimo, hoje fixado em R$ 880. O resultado mostra que um em cada quatro trabalhadores brasileiros está vivendo de bicos. Para o deputado federal Paulo Martins (PSDB-PR), o resultado revela mais uma face devastadora do desemprego no país.
“A atual situação do país de desemprego obviamente acaba empurrando a renda das famílias para baixo. A renda média cai bastante, é consequência direta. Cada desempregado e cada real a menos na renda do brasileiro é consequência direta da política econômica dos últimos anos”, declarou.
O deputado também relaciona a queda na renda e o aumento da informalidade às pesadas obrigações tributárias com as quais hoje o trabalhador precisa honrar. Apesar da dificuldade em conseguir entrar no mercado de trabalho, o tucano ressalta que a informalidade e os bicos também resultam dos entraves e tributos criados pelo próprio Estado, o que gera maiores dificuldades.
“A formalidade não é garantia alguma de qualidade. É, na verdade, garantia de que você vai pagar muitos impostos e encargos para o Estado. Às vezes você tem um negócio próprio que você não registrou, mas pelo qual você recebe muito bem e faz um bom negócio com isso. O que leva as pessoas à informalidade não é necessariamente se submeter a uma baixa qualidade ou menor renda. Pelo contrário, é fugir dos entraves e tributos colocados pelo Estado”, disse.
Ainda segundo o levantamento de Hoffmann, 14,7% da população ganhava cerca de R$ 200 por mês no primeiro trimestre deste ano. Se a linha de pobreza for até R$ 600 reais mensais, o autor da pesquisa afirma que 24,3% dos brasileiros encontram-se nesse patamar.