Política de comunicações conduzida por tucanos prepara o Brasil do futuro
A recente decisão brasileira de adotar a freqüência de 1,8 Ghz para a futura Banca C da telefonia celular foi noticiada com algum destaque, mas não teve grande repercussão junto à opinião pública. Aparentemente tratava-se apenas de uma questão técnica, sem interesse para os usuários dos serviços de telecomunicações. É um equivoco. A opção, anunciada pelo ministro das Comunicações, o tucano Pimenta da Veiga, tem enorme significação e suas implicações não tardarão a ser sentidas pela população.
O sistema brasileiro de telecomunicações passa pela mais profunda e acelerada transformação de sua história. Não é para menos. O setor, cuja importância não é recente, tornou-se crucial ao longo da última década. Juntamente com a informática e a biotecnologia, as telecomunicações são pontes para o desenvolvimento. Os países que acompanham o desenvolvimento nesses setores estão em condições de crescer e proporcionar condições de vida cada vez melhores aos seus habitantes. Os que não o fizerem estarão se auto-condenando ao atraso.
A dimensão crítica das comunicações para o futuro do Brasil foi percebida pelo PSDB e a reforma do sistema nacional, incluída no programa de governo do presidente Fernando Henrique Cardoso desde seu primeiro mandato. A questão foi inicialmente conduzida pelo então ministro Sérgio Motta, que honrou o PSDB com sua militância. Desencadear a reforma do sistema exigiu coragem e determinação. Decorridos poucos anos, ainda não alcançamos todas as metas estabelecidas, mas os avanços foram notáveis. No segundo semestre, o País terá 20 milhões de celulares em funcionamento. Em 2005, deverão ser quase 60 milhões de aparelhos. Nada disto teria acontecido se não fosse o processo de privatização das telecomunicações iniciado no governo Fernando Henrique, que permitiu os investimentos necessários ao crescimento e à democratização desses serviços no Brasil.
Os avanços obtidos permitiram eliminar ou reduzir sensivelmente os estrangulamentos no setor. Com isso, o Ministério da Comunicações e a Anatel podem, agora, se dedicar a construir o futuro. Exemplo disso é a decisão relativa à escolha da freqüência para a Banda C. Seria fácil e cômodo optar por outra freqüência, como a adotada pela América do Norte e por outros países latino-americanos. Combinando audácia e soberania, o Ministério da Comunicações e a Anatel definiram-se pela freqüência escolhida pela Europa e por alguns países da Ásia.
Com a Banda C na freqüência de 1,8Ghz, os brasileiros terão um uso mais completo daquilo que está sendo chamado da terceira geração da telefonia celular. É o caso, por exemplo, da internet móvel, o uso da internet através dos celulares. Os aparelhos praticamente substituirão os computadores pessoais, tal será a capacidade de transmissão da nova tecnologia. As vantagens da opção anunciada pelo ministro Pimenta da Veiga serão evidentes dentro de dois anos. Quando isto ocorrer, os brasileiros constatarão, mais uma vez, que as reformas empreendidas pelo governo FHC eram decisivas e inadiáveis para o que o País superasse os obstáculos que impediam que a democracia fosse acompanhada do desenvolvimento sustentado. Perceberão, também, que não é por acaso que ministérios e áreas do governo decisivas para que o País tomasse um novo rumo têm estado sob a direção de quadros do PSDB.