Políticas públicas para crianças e adolescentes fortalecem a juventude, diz tucano

Brasília (DF) – Falta atenção do Congresso brasileiro às políticas públicas destinadas à criança e ao adolescente. É a conclusão a que chegou um monitoramento feito pela Fundação Abrinq, que aponta que menos de 1% dos projetos relacionados a crianças e adolescentes completaram seus trâmites legais no Senado e na Câmara. De acordo com o Caderno Legislativo da Criança e do Adolescente, lançado pela fundação nesta terça-feira (16), apenas 23, o equivalente a 0,8%, das 2.769 proposições feitas por parlamentares tiveram sua análise concluída por Legislativo e Executivo em 2016.
As informações são de reportagem publicada pelo jornal O Estado de Minas. A proporção se mantém quando são analisados os anos anteriores. Em 2015, por exemplo, de 1.486 projetos monitorados, 15 tiveram sua tramitação concluída. Desses, apenas um foi sancionado. Os outros 14 foram arquivados.
As causas para isso, segundo a administradora executiva da Fundação Abrinq, Heloisa Oliveira, é que projetos ligados à infância e adolescência muitas vezes não têm prioridade na tramitação. Por outro lado, existe também um excesso de projetos apresentados com temáticas repetidas, e que acabam apensados a outras proposições.
O tesoureiro nacional da Juventude do PSDB, André Morais, destacou a importância do desenvolvimento de políticas públicas para crianças e adolescentes para o fortalecimento da sociedade como um todo.
“A partir do momento em que a gente desenvolve políticas públicas concretas para o adolescente e para a criança, automaticamente a gente já está fortalecendo a nossa juventude. A gente faz com que essa criança e esse adolescente tenham uma formação melhor para justamente termos uma juventude mais fortalecida, mais qualificada, mais bem preparada para os desafios da vida”, pontuou.
Outra justificativa para a falta de políticas públicas revisadas para crianças e adolescentes, na visão do tucano, é a fraca conexão entre a população e seus representantes legislativos.
“É um pensamento meu. Às vezes isso acontece porque esse público não dá voto, vamos ser sinceros. E muitos desses congressistas acabam não se preocupando, não tendo uma visão ampla e social do que realmente é representar a sociedade. Falta um pouco mais de consciência social de muitos políticos, de saber que eles estão ali para defender os interesses da sociedade e melhorá-la”, alertou.
“Muitos congressistas não têm conhecimento dos reais anseios da base, do que a criança e o adolescente precisa, e por isso é importante que a juventude também lute pela criança e pelo adolescente”, acrescentou o tesoureiro da JPSDB.
“Mais do que só as fundações de apoio, que fazem um trabalho muito importante, é hora cada vez mais da juventude, dos movimentos sociais organizados terem uma pauta de luta a favor da criança e do adolescente, já que, lutando pela criança e pelo adolescente, também está lutando por uma juventude mais preparada para o futuro”, considerou.
Papel do PSDB
Esse é um papel que o PSDB tem buscado desempenhar com afinco. “Uma das coisas das quais nos orgulhamos muito no PSDB é de lutar pelos espaços de juventude”, ressaltou André Morais.
“Que a gente, cada vez mais, tenha jovens no Parlamento, à frente de movimentos sociais, movimentos de apoio. O PSDB dá um grande passo de crença no futuro do país quando ele investe de forma bastante eficaz na sua juventude, quando investe na integração entre lideranças jovens e lideranças experientes, para justamente apoiar as juventudes locais. Mais do que o PSDB e a Executiva Nacional, também é interessante esse fortalecimento que a juventude nos estados tem tido, com apoio dos líderes locais”, completou.
Leia AQUI a reportagem do jornal O Estado de Minas.