Por um estado mais eficiente, Alckmin pretende reduzir o número de estatais no Brasil

Reduzir a máquina pública é uma das maiores necessidades atuais do Brasil. Geraldo Alckmin, candidato do PSDB à Presidência da República, sabe da importância de tornar o Estado mais eficiente, econômico e moderno. Para o tucano, é preciso refundar o sistema brasileiro e um dos caminhos a serem adotados é reduzir o inchaço de estatais no país. Atualmente, muitas delas dão grandes prejuízos ao governo e não tem propósito estabelecido.
Em seu plano de governo, o presidenciável do PSDB elaborou um roteiro para o país voltar a crescer, passando pela eliminação dessas empresas. Apesar do gigantismo brasileiro, hoje o Estado não consegue prover educação, saúde segurança pública de qualidade à população. Com isso, cortar custos para aprimorar os serviços é essencial.
Atualmente, o Brasil conta com 146 empresas governamentais exercendo atividades de interesse público e cuja direção depende do poder público. Boa parte, porém, não gera lucro necessário para se manter. “Grande parte das estatais está dando prejuízo. Defendo uma profunda reforma do Estado. O governo não tem dinheiro para investir, não deve ser empresário. Tem papel planejador, regulador e fiscalizador”, apontou Alckmin.
Para o tucano, o Brasil não precisa depender de empresas estatais para implementar políticas públicas. “A esquerda raiz diz que tudo estatal precisa ser estatal. Nós dizemos que tudo deve ser público, de graça. Fechei quatro fundações em São Paulo. Muita gente não acredita na redução de despesa, mas é possível”, ressaltou o tucano, apontando a redução das empresas geridas pelo governo como caminho essencial do corte de gastos.
Estatal do “trem bala” e EBC são exemplos de ineficiência
Durante seus 16 anos no governo, o PT foi responsável por criar um terço das estatais existentes no Brasil. O saldo do inchaço se desenha conforme o esperado: boa parte dessas empresas governamentais gastaram muito com salários e geraram um majestoso prejuízo aos cofres públicos. Em 2016, o Instituto Teotônio Vilela (ITV) realizou um estudo apontando um rombo de R$ 8 bilhões causado por diversas estatais.
A Petroquímica Suape e a Petrobras Biocombustíveis (PBio) – subsidiárias da Petrobras produtoras de etanol e biodiesel, respectivamente, e criadas durante os governos petistas – figuraram no topo da lista das empresas estatais mais deficitárias. De acordo com o ITV, as duas companhias apresentaram um rombo ao Governo Federal de R$ 5,1 bilhões entre 2008 e 2015.
Geraldo Alckmin cita outros dois exemplos claros da prática petista: a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), criada em 2007 por Luís Inácio Lula da Silva e responsável por gerir subsidiárias como Agência Brasil e TV Brasil, e a Empresa de Planejamento e Logística (EPL), instituída em 2012 por Dilma Rousseff com o objetivo de desenvolver o trem de alta velocidade e subsidiar o planejamento de outras modalidades de transporte no país.
Caso chegue ao governo, o presidenciável tucano pretende encerrar a atividade de diversas empresas que apenas geram prejuízos aos cofres do país. “É função do governo ser dono de TV? A TV do Lula não tem audiência, mas está aí. O Brasil não tem trem bala, não tem ferrovia, não tem nada, mas tem estatal”, criticou o candidato do PSDB ao Palácio do Planalto.
Reportagem Danilo Queiroz