Prazo de mais 30 dias para Dilma se defender no TCU não muda os fatos, afirma Jutahy

O Tribunal de Contas da União (TCU) concedeu mais 30 dias para a presidente afastada, Dilma Rousseff, apresentar defesa que justifique as contas do governo federal de 2015. Auditoria da Corte concluiu que o governo da petista repetiu as “pedaladas fiscais” no primeiro ano de seu segundo mandato e indica a responsabilidade de 11 autoridades da equipe econômica nas irregularidades, entre elas o ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy.

O deputado federal Jutahy Magalhães (PSDB-BA) não acredita na possibilidade reversão do quadro negativo de Dilma com a prorrogação do prazo para a defesa. “Esses 30 dias a mais não vão mudar os fatos. No relatório do deputado Jovair Arantes, que inclusive eu votei na Comissão da Câmara, já tinha ficado muito bem caracterizado o crime de responsabilidade cometido por ela [Dilma]. A chance de Dilma voltar para a presidência é zero”, disse.

O tucano também afirmou que os relatórios e conclusões do TCU reforçam ainda mais os argumentos pró-impeachment. “Eu acredito que as contas de 2015 da presidente afastada vão ser reprovadas novamente. Também estou completamente convencido de que essa reprovação vai ajudar o Senado a afastar definitivamente a Dilma e o PT do governo do país”, afirmou.

Segundo o parecer do TCU, o Tesouro Nacional atrasou repasses devidos ao Banco do Brasil e ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o que ficou caracterizado como operação de crédito entre as instituições financeiras estatais e seu ente controlador, a União, afrontando a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). As “pedaladas” somaram R$ 5,63 bilhões no caso do Banco do Brasil e R$ 8,04 bilhões no caso do BNDES.

Além das pedaladas, foram apontados outros erros, como o pagamento de débitos com o FGTS sem a devida autorização em lei.